Dois moradores de São Paulo testaram positivo para a variante XFG, nova variante do coronavírus que vem sendo acompanhada por autoridades de saúde em diversos países. A cepa, que já foi identificada em outros seis pacientes no Ceará, está entre as variantes classificadas como “sob monitoramento” pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
A XFG apresenta mutações genéticas que levantam preocupação pelo possível aumento na transmissibilidade, embora ainda não haja evidências de maior gravidade ou risco à saúde pública. De acordo com a OMS, a nova linhagem já circula em pelo menos 38 países e vem ganhando espaço em algumas regiões, especialmente no Sudeste Asiático e nas Américas. No continente americano, a presença da cepa saltou de 7,8% para 26,5% em poucas semanas.
A maioria dos casos confirmados no Brasil, segundo a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), é composta por pacientes jovens. Epidemiologistas da entidade afirmam que os quadros registrados até o momento não têm levado a hospitalizações, mas reforçam a necessidade de acompanhamento.
Os sintomas apresentados por pessoas vacinadas continuam variando, com destaque para tosse, coriza, dor de garganta, febre, dor de cabeça e espirros. Também há relatos de fadiga, dores musculares, congestão nasal e, em alguns casos, insônia e ansiedade. Os sinais são semelhantes aos da gripe, o que pode dificultar o diagnóstico imediato sem a realização de testes específicos.
A recomendação segue a mesma: quem apresentar sintomas deve procurar uma unidade de saúde ou fazer o autoteste de Covid-19, disponível em farmácias. O teste rápido, feito com um cotonete nasal, dá resultado entre 15 e 20 minutos e é indicado nos primeiros dias de sintomas. Caso o diagnóstico seja positivo, é importante manter o isolamento.
Todas as variantes ligadas à XFG são ramificações da Ômicron, linhagem dominante desde o fim de 2021. Desde então, o padrão de sintomas também mudou. Sinais como perda de olfato e paladar, comuns no início da pandemia, passaram a ser menos frequentes.
O Ministério da Saúde informou que segue acompanhando os dados genéticos das variantes por meio de sequenciamentos periódicos, alinhados com as atualizações da OMS. Em nota, a pasta afirmou que “monitora de forma contínua os sequenciamentos genômicos da Covid-19 no Brasil, com base nas listas de variantes da OMS”.
A vacinação segue como principal estratégia para conter casos graves e mortes. A campanha nacional já distribuiu mais de 14,2 milhões de doses em 2025. Desde o ano passado, o imunizante contra a Covid-19 faz parte do calendário oficial para públicos prioritários, como crianças, gestantes e idosos.
“A vacinação contra a Covid-19 é segura e protege contra as variantes em circulação, sendo a principal forma de prevenir casos graves e mortes”, reforçou o ministério.
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