SUS vai oferecer implante contraceptivo que custa até R$ 4 mil gratuitamente

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  • Post publicado:3 de julho de 2025

O Sistema Único de Saúde vai incluir um novo método contraceptivo no atendimento público ainda em 2025. Trata-se do Implanon, implante hormonal subdérmico com duração de até três anos, que na rede particular custa entre R$ 2 mil e R$ 4 mil. A iniciativa foi confirmada pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (3), com previsão de início da oferta no segundo semestre.

Produzido com etonogestrel, o Implanon impede a ovulação e tem eficácia superior a métodos como anticoncepcionais orais e injetáveis, justamente por dispensar o uso contínuo. A distribuição será feita de forma gradual: 500 mil unidades ainda em 2025 e outras 1,3 milhão até o fim de 2026. O investimento estimado para essa ampliação é de R$ 245 milhões.

Com a chegada do Implanon, o SUS passa a contar com dois métodos de longa duração, conhecidos como LARC (Contraceptivos Reversíveis de Longo Prazo). Atualmente, a única opção nessa categoria disponível na rede pública é o DIU de cobre. A nova alternativa é considerada reversível, já que a fertilidade retorna rapidamente após a retirada do implante.

Contraceptivo por implante será distribuído gratuitamente pelo sus
Meio milhão de unidades deve ser distribuidos ainda em 2025 na rede pública

A aplicação do dispositivo será feita por médicos ou enfermeiros da atenção básica, que passarão por treinamento teórico e prático. A medida foi aprovada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e integra o plano do governo de ampliar o acesso ao planejamento reprodutivo, com foco na prevenção de gestações não desejadas e na redução da mortalidade materna no Brasil.

Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a distribuição do Implanon fortalece as estratégias para garantir que mulheres tenham mais autonomia sobre suas escolhas reprodutivas. O governo também pretende reduzir em 25% a mortalidade materna geral e cortar pela metade as mortes de mulheres negras até 2027, meta firmada nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

inplanon Contraceptivo

A portaria que formaliza a decisão será publicada nos próximos dias. A partir disso, o Ministério da Saúde terá até 180 dias para organizar a logística de distribuição nacional, formar os profissionais e ajustar os protocolos de atendimento à nova tecnologia.

Atualmente, além do DIU de cobre, o SUS oferece preservativos, pílulas anticoncepcionais, injeções hormonais, laqueadura tubária e vasectomia como métodos de controle de natalidade. Desses, apenas os preservativos oferecem proteção contra infecções sexualmente transmissíveis.

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