MPMS define 357 propriedades para ações contra queimadas no Pantanal em 2025

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  • Post publicado:3 de julho de 2025

O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) vai concentrar as próximas ações de prevenção às queimadas no Pantanal em 357 propriedades rurais localizadas na região do Pantanal. O mapeamento das áreas prioritárias foi concluído com o apoio técnico da UFMS e do Lasa/UFRJ e servirá como base para fiscalizações, orientações técnicas e medidas antecipadas já nos primeiros meses de 2025.

As propriedades foram selecionadas levando em conta fatores como reincidência de incêndios, baixa capacidade de regeneração da vegetação e a presença de unidades de conservação nos arredores. A proposta do MPMS é estruturar um plano coordenado que envolva proprietários rurais, órgãos ambientais e forças de segurança, com foco no enfrentamento preventivo antes do período de estiagem.

Conforme relatório do MPMS, de janeiro até o momento, o Pantanal sul-mato-grossense já contabiliza 234 ocorrências de fogo, segundo levantamento do Centro de Apoio do Meio Ambiente (Caoma) com o Núcleo de Geotecnologias (Nugeo). O impacto atinge diretamente 830 propriedades e cerca de 1,74 milhão de hectares, o que reforça a necessidade de resposta antecipada.

Na avaliação do promotor de Justiça Luciano Furtado Loubet, que coordena o Núcleo Ambiental do MPMS, o envolvimento direto dos proprietários é indispensável. Ele destaca que, em 2024, cerca de 75% dos focos de calor tiveram início dentro de áreas privadas. “É preciso que o setor produtivo se comprometa. A maioria dos donos de terra é atingida pelo fogo que começa em imóveis vizinhos”, declarou.

queimadas no pantanal

As ações do programa Pantanal em Alerta, que já vêm sendo realizadas ao longo de 2024, têm ampliado o tempo de resposta e a cooperação entre as instituições. O sistema utiliza tecnologia do FIRMS/Nasa para identificar focos de calor quase em tempo real e envia notificações automáticas a brigadistas e donos de propriedades, por e-mail e SMS, assim que os registros são detectados.

A atuação conta com apoio direto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), da Sejusp, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar Ambiental, do Ibama, da Defesa Civil e de peritos criminais. Cada propriedade mapeada será acompanhada com medidas específicas, baseadas em sua realidade local.

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O MPMS destaca que a mobilização do próximo ano terá início ainda no primeiro semestre e coloca à disposição da população um canal para denúncias de práticas irregulares por meio da Ouvidoria ou canais parceiros. Todas as informações recebidas são verificadas e podem gerar investigações formais.

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