“Mais Correios” nova plataforma de e-commerce reúne grandes varejistas com 500 mil produtos

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  • Post publicado:3 de julho de 2025

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos lançou nesta terça-feira (1º) o “Mais Correios”, uma plataforma de e-commerce que entra no ar com a proposta de disputar espaço com sites como Amazon, Shopee e Shein. O novo canal já está disponível em todo o país e conta com cerca de 500 mil itens à venda, organizados em 25 categorias.

O catálogo oferece desde eletrodomésticos e artigos de vestuário até cosméticos, peças automotivas e equipamentos para o setor agrícola. O pagamento pode ser parcelado em até dez vezes sem juros, inclusive com a possibilidade de utilizar dois cartões diferentes. As mercadorias são fornecidas por grandes redes varejistas, como Casas Bahia, Extra, ShopHub, WebContinental e Ponto.

A criação do site é resultado de uma parceria com a Infracommerce, empresa especializada em tecnologia para comércio eletrônico. A movimentação faz parte da estratégia dos Correios para diversificar as fontes de receita e capitalizar sua malha logística, que cobre todo o território nacional.

Conforme o presidente da estatal, Fabiano Silva dos Santos, a plataforma tem como objetivo democratizar o acesso ao comércio digital, utilizando a estrutura própria da empresa para alcançar municípios onde grandes empresas têm dificuldade de entrega. Segundo ele, o governo federal destinou R$ 800 milhões para a modernização dos serviços e da rede de distribuição dos Correios.

Ainda neste semestre, a estatal pretende lançar um sistema de pagamento próprio, além de abrir espaço no “Mais Correios” para a adesão de pequenos e médios empreendedores.

Paralelamente ao lançamento, os Correios anunciaram a abertura de um Programa de Desligamento Voluntário (PDV), que tem como meta reduzir despesas em até R$ 1,5 bilhão neste ano. A iniciativa surge em meio a um cenário financeiro desfavorável: em 2024, o prejuízo da estatal chegou a R$ 2,59 bilhões — mais do que o quádruplo do déficit registrado no ano anterior. Somente nos três primeiros meses deste ano, o resultado negativo acumulado já é de R$ 1,7 bilhão.

Parte das dificuldades enfrentadas tem sido atribuída à aplicação da chamada “taxa das blusinhas”, que desde agosto de 2024 impõe tributação sobre compras internacionais de até US$ 50, afetando diretamente o volume de entregas realizadas pela empresa.

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