Baixa umidade do ar deve marcar as próximas semanas em Mato Grosso do Sul

previsão do tempo indica baixa umidade ao longo da semana em Mato Grosso do Sul
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  • Post publicado:3 de julho de 2025

Mato Grosso do Sul deve enfrentar, nas próximas semanas, o primeiro período prolongado de baixa umidade relativa do ar neste inverno, de acordo com análises do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec). A previsão indica que o estado deve passar por uma fase de estiagem sem previsão de chuvas expressivas por, pelo menos, dez dias consecutivos.

A partir desta quinta-feira (4), os índices de umidade devem cair para patamares entre 20% e 40% em várias regiões, com potencial de agravar sintomas respiratórios e desencadear problemas relacionados ao tempo seco. O modelo meteorológico GFS prevê um volume acumulado de até 10 milímetros de chuva, restrito à faixa sul do estado, enquanto o ECMWF, outro sistema de previsão usado pelo Cemtec, não indica qualquer possibilidade de precipitação nesse período.

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Em cenários como esse, aumentam os alertas para cuidados com a saúde. O tempo seco pode favorecer quadros como desidratação, sangramentos nasais, irritações nos olhos e agravar infecções respiratórias, especialmente em crianças e idosos. Segundo a otorrinolaringologista Renata Medrado, essa condição também contribui para o surgimento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), já que o ar seco favorece a propagação de vírus e bactérias.

Dados do boletim da Secretaria Estadual de Saúde mostram que, entre os dias 16 e 22 de junho — semana marcada por chuvas isoladas —, houve uma queda nas notificações de SRAG. Em contraste, entre o final de abril e o início de maio, com clima seco predominando, os números aumentaram, alcançando 491 registros entre 5 e 11 de maio.

A tendência, segundo especialistas, é de que as ocorrências de SRAG voltem a subir conforme a umidade continue em queda e as temperaturas avancem gradativamente ao longo dos dias. Renata Medrado alerta que é comum, nesse tipo de condição, observar aumento em infecções respiratórias, agravamento de quadros alérgicos e episódios de sangramento nasal, especialmente em regiões mais secas do interior.

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