As primeiras movimentações da Operação Incêndios 2025, coordenada pela Polícia Federal, começaram pelo Pantanal e se estenderão em breve a outros estados da Amazônia Legal. A estratégia tem como base as regiões que concentraram os maiores índices de queimadas e crimes ambientais registrados no último ano, conforme dados oficiais.
De acordo com a diretoria da Amazônia e Meio Ambiente da PF, o foco da operação é reforçar a resposta diante da escalada de eventos climáticos extremos e da recorrência de incêndios criminosos. As medidas anunciadas vão desde ações de prevenção até repressão direta aos responsáveis por práticas ilegais contra o meio ambiente.
A primeira fase envolve a instalação de estruturas operacionais nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com destaque para o Pantanal, onde o fogo tem avançado sobre a vegetação nativa de forma mais intensa e contínua. Em seguida, os trabalhos seguem para o Acre, Amazonas, Rondônia e Pará.
Tecnologia e articulação nacional reforçam operação
Entre as estratégias adotadas, estão a criação de bases avançadas em áreas críticas, atuação conjunta com a Força Nacional de Segurança Pública, emprego de tecnologias de geointeligência e mobilização de equipes especializadas. A operação integra ações com os estados e amplia a fiscalização territorial em regiões de difícil acesso.
Segundo a Polícia Federal, o número de inquéritos relacionados a incêndios florestais cresceu significativamente. Em 2024, 138 investigações foram abertas, contra 46 registradas em 2023. Somente neste ano, já são 42 inquéritos em andamento, demonstrando o avanço da atuação preventiva e investigativa da corporação.
Além disso, as apurações resultaram, no último ano, na emissão de 29 mandados de busca e apreensão, três prisões preventivas, 16 flagrantes e ordens judiciais que totalizam R$ 400 milhões em bens sequestrados.
Relatório revela biomas mais afetados
O Relatório Anual do Fogo, divulgado nesta semana pela plataforma MapBiomas, aponta o Pantanal como o bioma proporcionalmente mais impactado pelas queimadas nos últimos anos. A Amazônia também aparece como uma das áreas mais devastadas, com perdas expressivas de cobertura vegetal nativa, agravadas pela atuação de criminosos e pela seca prolongada.
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