Mulher é morta em casa em Maracaju e MS registra 16º feminicídio em 2025

MS registra 16º feminicídio em 2025
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  • Post publicado:21 de junho de 2025
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Doralice da Silva, de 42 anos, foi assassinada a facadas na noite de sexta-feira (20) dentro de sua residência, localizada na Rua dos Pereiras, na Vila Juquita em Maracaju. A Polícia Civil trata o caso como feminicídio, elevando para 16 o número de ocorrências dessa natureza em Mato Grosso do Sul em 2025.

Segundo informações do boletim de ocorrência, a filha da vítima chegou ao imóvel por volta das 23h15 e encontrou a mãe caída no quarto, coberta de sangue e já sem vida. Ela acionou a Polícia Militar, que isolou a área até a chegada da perícia e da equipe da Polícia Civil.

O suspeito é Edemar Santos Souza, de 31 anos, com quem Doralice mantinha um relacionamento. Ele foi visto por vizinhos deixando o local momentos antes, empurrando uma carriola em direção ao Bairro Nenê Fernandes, segundo relatos colhidos pela polícia.

Moradores próximos contaram que, por volta das 22h30, ouviram uma discussão intensa entre o casal, situação que não era incomum. A briga cessou cerca de meia hora depois, momento em que Edemar teria sido visto saindo pela porta da frente. A vítima não havia registrado boletins de ocorrência ou solicitado medidas protetivas contra o atual companheiro, embora já tivesse obtido proteção judicial contra um ex-marido, com quem não mantinha mais contato.

Edemar, por sua vez, já havia sido alvo de medida protetiva requerida por sua própria mãe, mas a ordem havia perdido a validade. A polícia fez diligências em locais associados ao suspeito, como imóveis de parentes e chácaras próximas, mas não o localizou nas primeiras buscas. Familiares e vizinhos prestaram depoimentos confirmando que Doralice enfrentava problemas no relacionamento, mas resistia em procurar ajuda formal.

Na manhã deste sábado (21), por volta das 6h, Edemar se apresentou voluntariamente no Quartel da Polícia Militar de Maracaju e negou qualquer participação no crime. Em sua versão, contou que havia saído com a vítima até um mercado e que, após um leve acidente durante o trajeto, ambos retornaram para casa. Segundo ele, uma discussão teria levado ao rompimento do relacionamento.

O suspeito alegou ainda que, ao chegar à residência, um terceiro homem desconhecido estaria no local, conduzindo um veículo Gol prata. Essa pessoa, conforme seu relato, o teria ajudado a recolher seus pertences e permanecido com Doralice depois de sua saída. Edemar afirmou que câmeras de segurança nas imediações poderiam comprovar sua narrativa.

Ele disse ter seguido pela Rua Mário Silva até a região da Zebulândia e depois ido à casa de uma tia próxima ao Cras da Vila Margarida. A Polícia Civil segue investigando o caso e analisando imagens de segurança, além de colher novos depoimentos para esclarecer a cronologia dos fatos.

A Prefeitura de Maracaju divulgou nota oficial repudiando o crime. No comunicado, o município destacou que a violência contra a mulher “fere toda a sociedade” e reiterou o compromisso com ações e políticas de enfrentamento à violência de gênero. A administração municipal também manifestou solidariedade aos familiares da vítima.

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