Uma sequência de três frentes frias promete mudar o cenário climático em Mato Grosso do Sul nos próximos dias. A partir deste sábado (21), as temperaturas começam a cair em diversas regiões, a frente fria vem acompanhada com uma previsão de geada e mínima próxima de zero grau nas áreas mais ao sul do Estado, principalmente na terça-feira.
Segundo informações do Cemtec-MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), essa virada no tempo coincide com o início oficial do inverno, que iniciou na sexta-feira (20) e segue até 22 de setembro. A massa de ar frio que avança do Sul do Brasil traz umidade, nebulosidade, ventos fortes e até possibilidade de chuvas isoladas, especialmente na região sul.
Para o meteorologista Natálio Abrahão, o deslocamento da frente fria, que se encontra atualmente no Rio Grande do Sul, provocará mudanças acentuadas nas condições do tempo em Mato Grosso do Sul, principalmente entre domingo e segunda-feira. Em algumas cidades, como Ponta Porã e Dourados, a previsão é de 6ºC e 5ºC, respectivamente. Já em Campo Grande, os termômetros devem oscilar entre 16°C e 29°C no fim de semana.
Os municípios do sudoeste e da região pantaneira terão mínimas variando entre 8°C e 19°C e máximas que podem chegar a 30°C. Já o extremo sul deverá sentir os efeitos mais intensos da massa polar, inclusive com a possibilidade de geada em áreas rurais.
A segunda-feira também deve ser marcada pela ocorrência de ventos que podem atingir velocidades entre 40 km/h e 60 km/h, com rajadas pontuais mais intensas. O fenômeno conhecido como “mínima invertida” — quando o dia começa mais quente e esfria ao longo do tempo — poderá ser observado nesse período, segundo os meteorologistas.
Apesar do impacto inicial das frentes frias, o clima para o restante do inverno será diferente. De acordo com o meteorologista, apenas os primeiros 30 dias da estação terão influência significativa de massas polares. Em agosto e setembro, a tendência é de tempo seco, com poucas chuvas, alta incidência solar e predomínio de bloqueios atmosféricos, que dificultam a entrada de frentes frias.
Esses bloqueios devem provocar temperaturas elevadas, baixa umidade e aumento da concentração de poluentes. Com isso, cresce também o risco de doenças respiratórias. A maior presença de poeira, fumaça e partículas suspensas no ar se torna um agravante para a população, especialmente nas áreas urbanas.
As projeções indicam ainda que as chuvas devem ficar abaixo da média histórica em junho e julho, sobretudo nas regiões sul e norte do Estado. Os volumes devem variar entre 50 mm e 200 mm na maior parte do território sul-mato-grossense, podendo chegar a 300 mm no extremo-sul e apenas 25 mm no extremo-norte.
Além disso, é possível que ocorram longos períodos de estiagem, com mais de 30 dias sem precipitações significativas, especialmente em Campo Grande. As chuvas, quando ocorrerem, devem ser isoladas, de baixo volume e, na maioria das vezes, no fim da tarde.
O Cemtec-MS também alerta para a chegada de uma nova frente fria entre quinta e sexta-feira, que poderá manter as temperaturas baixas até o encerramento de junho.
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