A versão do motorista do ônibus da Viação Andorinha envolvido no grave acidente na BR-262, em Corumbá, aponta uma depressão no asfalto como fator que teria provocado a tragédia na manhã de domingo (15), no trecho conhecido como Buraco das Piranhas. A justificativa foi apresentada por ele durante depoimento registrado em boletim de ocorrência.

O condutor relatou que perdeu o controle da direção ao passar pelo desnível da pista e, por isso, o veículo invadiu a faixa contrária. Nesse momento, o ônibus colidiu lateralmente com um caminhão carregado de minério que seguia no sentido oposto. O impacto fez com que uma barra de ferro se desprendesse da carreta e atravessasse a lateral do ônibus, atingindo passageiros nas primeiras fileiras.

Duas pessoas morreram no local

Com a colisão, a médica Andrezza das Neves Felski, de 27 anos, e o pecuarista Marcelino Florentino Filho, de 84, morreram no local. Uma criança de seis anos ficou gravemente ferida e foi transportada de helicóptero até a Santa Casa de Corumbá, com previsão de transferência para Campo Grande. Outras duas pessoas também se feriram, mas sem risco de vida.

O motorista do caminhão envolvido afirmou que tentou sair para o acostamento ao ver o ônibus vindo na contramão, mas não conseguiu evitar a batida. Segundo ele, o coletivo surgiu repentinamente em sua direção, e não houve tempo para desviar.

Investigação segue em andamento

Equipes da PRF, Corpo de Bombeiros, Samu e da Polícia Científica atenderam a ocorrência e isolaram o trecho logo após o acidente. A perícia colheu informações que vão embasar o inquérito. Até o momento, a causa oficial ainda não foi confirmada, e as investigações continuam sob responsabilidade da Polícia Civil.

A viação Andorinha confirmou que o ônibus havia partido de Campo Grande às 23h59 do sábado (14) com destino a Corumbá. Em nota, informou que presta suporte às famílias e acompanha a apuração das autoridades.

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