BR-163 e BR-262 estão entre as 10 rodovias mais perigosas do Brasil

BR-163 e BR-262 estão entre as 10 mais violentas do país
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  • Post publicado:11 de junho de 2025

Rodovias federais que passam por Mato Grosso do Sul figuram entre as mais perigosas do país, segundo levantamento nacional baseado em dados de 2024 do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes). A análise considera a quantidade de acidentes e vítimas fatais ocorridos ao longo do ano passado, trazendo à tona a situação crítica de importantes eixos rodoviários que cortam o estado.

Segundo o estudo divulgado pelo site Autoesporte, duas estradas federais localizadas em território sul-mato-grossense aparecem na lista das dez com maiores índices de sinistros. A BR-163 ocupa a sexta colocação, enquanto a BR-262 figura na nona posição. Ambas registraram centenas de mortes e milhares de ocorrências no período analisado.

Rodovias sul-mato-grossenses concentram altos índices de letalidade

A BR-163, que cruza Mato Grosso do Sul de sul a norte, entre Mundo Novo e Sonora, foi palco de 2.516 acidentes em 2024, resultando em 240 mortes. A rodovia, uma das mais movimentadas da região, serve de ligação entre os estados do Paraná e Mato Grosso, sendo considerada estratégica para o transporte de cargas e escoamento da produção agrícola.

Já a BR-262, com 2.213 quilômetros de extensão, conecta o Espírito Santo ao Mato Grosso do Sul, terminando em Corumbá, na fronteira com a Bolívia. No ano passado, foram registrados mais de 1,8 mil acidentes ao longo do seu traçado, com um total de 152 óbitos. A rodovia é essencial tanto para o transporte interestadual quanto para a ligação com países vizinhos.

A estrada com mais ocorrências em todo o território nacional é a BR-101. Com quase 4.800 quilômetros de extensão, ela percorre 12 estados do Brasil, ligando o nordeste ao sul. Em 2024, a BR-101 concentrou 12.776 acidentes e 730 mortes, sendo considerada a mais letal do país.

Além das rodovias já mencionadas, o ranking das mais perigosas também inclui a BR-116, BR-381, BR-040, BR-153, BR-364, BR-277 e BR-230, todas com estatísticas alarmantes de acidentes e mortes.

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(Nathalia Alcântara, Jornal Midiamax)

Investimentos ainda são insuficientes diante dos riscos viários

As condições estruturais das estradas brasileiras continuam sendo um fator de preocupação para autoridades e entidades do setor de transporte. A CNT (Confederação Nacional do Transporte) realiza anualmente um estudo técnico sobre a malha rodoviária do país, considerando diversos critérios como estado do pavimento, presença de acostamento, visibilidade da sinalização e fluidez do tráfego.

No relatório de novembro de 2024, a CNT indicou uma leve redução nos chamados “pontos críticos” das rodovias federais, caindo de 2.648 em 2023 para 2.446 em 2024. Ainda assim, os números refletem a precariedade de vários trechos, onde acidentes são recorrentes e a infraestrutura não acompanha o volume de veículos.

O mesmo levantamento estima que seriam necessários ao menos R$ 99,7 bilhões em recursos para garantir a recuperação e a conservação adequada do pavimento em todo o território nacional. A quantia envolve desde obras emergenciais até manutenção de longo prazo.

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