Projeto quer proibir ceva de animais silvestres após morte causada por onça no Pantanal

ceva de onça-pintada no pantanal
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  • Post publicado:5 de junho de 2025
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A discussão sobre os riscos da ceva de animais silvestres — prática de alimentar deliberadamente bichos em áreas naturais — ganhou força na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul após o registro de ataque com morte de um caseiro no Pantanal. Nesta terça-feira (3), a deputada Gleice Jane (PT) apresentou o Projeto de Lei 139/2025, que propõe a proibição dessa conduta em todo o estado.

A proposta surgiu depois da morte de Jorge Ávalos, caseiro que foi atacado por uma onça-pintada em abril deste ano, na região do Touro Morto, no Pantanal sul-mato-grossense.

O episódio reacendeu o debate sobre a interferência humana no comportamento de grandes predadores. Segundo a parlamentar, o caso levantou suspeitas de que o animal poderia ter sido condicionado à presença de pessoas devido ao fornecimento intencional de comida.

De acordo com a justificativa apresentada no texto do projeto, a proibição busca preservar o comportamento natural de espécies como onça-pintada e onça-parda, reduzir o risco de aproximação desses animais de áreas habitadas e impedir a alteração do equilíbrio ecológico.

O projeto também visa evitar acidentes envolvendo seres humanos, especialmente em regiões onde há transição entre ambientes silvestres e urbanos.

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Deputada Gleice Jane usando a palavra durante sessão plenária; parlamentar é a autora do projeto

A deputada argumenta que, embora a ceva seja vista por muitos como forma de observação da fauna, essa interação altera padrões naturais e pode gerar conflitos.

Trata-se de enfrentar uma prática que, apesar de sua aparência inofensiva ou contemplativa, representa riscos reais tanto à segurança humana quanto à estabilidade ambiental”, defende.

A proposta segue agora para tramitação legislativa. Após ser lida em plenário, ficará disponível para eventuais emendas durante o período de pauta. Em seguida, será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR). Se obtiver parecer favorável, passará pelas comissões de mérito e votações em plenário.

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