A ampliação da infraestrutura logística de Mato Grosso do Sul tem sido uma das principais pautas do governo estadual, que busca reforçar o transporte ferroviário, modernizar rodovias, impulsionar hidrovias e promover a revitalização de aeroportos.
O tema foi amplamente debatido durante o 9º Encontro Regional do Plano Nacional de Logística (PNL) 2050), realizado na sede da Famasul, em Campo Grande, nesta segunda-feira (3). O evento promovido pelo Ministério dos Transportes reuniu lideranças do setor produtivo, representantes do governo e especialistas para discutir desafios e oportunidades na área.
Logística como fator-chave para a competitividade
Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, o plano traçado pelo governo federal para os próximos 25 anos busca identificar os principais gargalos logísticos em cada região do país.
✔ Ferrovias – A reativação da malha ferroviária foi apontada como prioridade essencial, dada a necessidade de reduzir custos e ampliar a eficiência do transporte de cargas.
✔ Rodovias – O Estado já tem dois grandes projetos em andamento para melhorias na malha rodoviária.
✔ Rota Bioceânica – Estratégia que não resolve um gargalo, mas contribuirá significativamente para o escoamento de produtos para mercados internacionais.
“O governo federal está fazendo um diagnóstico regional para definir os maiores desafios logísticos. Em Mato Grosso do Sul, após a reforma tributária, a logística ganha ainda mais relevância para garantir competitividade”, explicou Verruck.
Investimentos estratégicos para redução de custos e tempo
Para o secretário, a melhoria dos modais logísticos é fundamental para reduzir despesas operacionais e garantir maior fluidez no transporte de mercadorias.
✔ Intermodalidade – A proposta visa integrar diferentes sistemas logísticos, reduzindo a dependência exclusiva dos caminhões.
✔ Redução de custos – A criação de uma rede intermodal pode diminuir o preço do frete, facilitando a exportação de produtos sul-mato-grossenses.
✔ Menor tempo de transporte – Um sistema logístico mais eficiente melhora o fluxo de tráfego, garantindo entregas mais rápidas e reduzindo gargalos operacionais.
Diálogo entre setor público e privado
A troca de informações entre governo, entidades setoriais e sociedade civil foi destacada como essencial para a definição de investimentos prioritários.
✔ Diagnóstico regional – O governo federal reforçou a necessidade de escutar os setores produtivos, garantindo que os desafios enfrentados por cada estado sejam considerados no plano nacional.
✔ Planejamento estratégico – A expectativa é que os recursos federais e estaduais sejam aplicados de maneira eficiente, evitando desperdícios e priorizando infraestrutura essencial.
O evento contou com a presença de autoridades do setor, incluindo Frederico Valente, diretor-tesoureiro da Famasul, Larissa Spinola, subsecretária substituta do Ministério dos Transportes, Cláudio Cavol, presidente da Setlog/MS, e Lúcio Lagemann, assessor de logística da Semadesc.
Metodologia do PNL 2050
O plano de longo prazo elaborado pelo Ministério dos Transportes se baseia na análise técnica de dados, incluindo:
✔ Mapas de saturação das rotas de transporte.
✔ Indicadores de acessibilidade e integração regional.
✔ Critérios de sustentabilidade e impactos ambientais.
O objetivo é garantir que o Brasil avance na infraestrutura logística, permitindo crescimento econômico sustentável e maior competitividade internacional até 2050.