Junho terá baixa umidade e chuvas escassas em Mato Grosso do Sul

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  • Post publicado:31 de maio de 2025

A chegada de junho trará um período de estiagem mais acentuado em Mato Grosso do Sul, segundo as projeções do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão indica que o mês será marcado por baixos volumes de chuva, seguindo o padrão típico da transição para a estação seca na região Centro-Oeste, além da baixa umidade do ar.

O cenário projetado pelo Inmet aponta que o total de chuvas deve oscilar entre 30 mm e 80 mm ao longo do mês no estado, com possibilidade inclusive de valores ainda menores. A tendência é de que haja várias semanas com tempo firme, sem registros de precipitação, o que é comum neste período do ano.

Apesar da escassez de chuvas, os produtores rurais não devem ser prejudicados. Pelo contrário: o tempo seco pode favorecer a colheita do milho segunda safra e do trigo, especialmente nas lavouras do sul do estado, além de auxiliar na logística do escoamento da produção. Após um período de excesso de umidade nos meses anteriores, o solo mais seco pode melhorar o rendimento das máquinas agrícolas e reduzir perdas.

Essa previsão otimista se estende a outras culturas que estão em fase de maturação em estados vizinhos. No Centro-Oeste, a cana-de-açúcar e o café devem se beneficiar do clima estável, especialmente em Goiás, Mato Grosso e partes de Minas Gerais, onde o tempo firme ajuda a garantir a qualidade da colheita.

Enquanto isso, outras regiões do país deverão enfrentar comportamentos diferentes do clima. No Norte e no Leste do Nordeste, a expectativa é de acumulados de chuva acima da média, superando os 80 mm. Essas condições devem ser positivas para a produção de milho e feijão na área conhecida como Sealba, que abrange Sergipe, Alagoas e Bahia.

Por outro lado, o Matopiba — que inclui Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia — pode sofrer com a diminuição das chuvas. A menor disponibilidade de água pode comprometer o desenvolvimento do milho segunda safra durante a floração, fase crítica que exige maior umidade no solo.

No Sul do país, o Rio Grande do Sul aparece como uma exceção, com previsão de precipitações acima da média, podendo ultrapassar os 140 mm. Já Paraná e Santa Catarina devem acompanhar a tendência do Centro-Oeste, com chuvas abaixo do normal, o que pode favorecer o fim da colheita do feijão e de outras culturas de primeira safra.

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