Novas imagens obtidas por câmeras de segurança de um posto de combustíveis revelaram uma etapa crucial na investigação do assassinato de Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e da filha Sophie, de apenas 10 meses. As gravações mostram o momento em que João Augusto Borges, de 21 anos, adquire o combustível que utilizaria horas depois para atear fogo nos corpos das vítimas.
O crime chocou os moradores de Mato Grosso do Sul, mas a divulgação das imagens reforça a indicação da Polícia de que o homem tenha cometido o crime com premeditação. As cenas gravadas mostram o jovem no ato da compra, momentos antes de abandonar os corpos em uma área de mata localizada no bairro Indubrasil, onde foram encontrados carbonizados na madrugada da última segunda-feira (26).
O suspeito tentou inicialmente enganar a polícia, registrando um boletim de ocorrência falso sobre o desaparecimento da companheira e da filha. No entanto, a versão não se sustentou diante das evidências coletadas pela investigação, como a gravação no posto e outras contradições no relato. João foi preso já na terça-feira (27), um dia após o crime.
Em seu depoimento à Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o estoquista confessou os assassinatos com frieza, chegando a minimizar a presença da filha em sua vida. Disse sentir “raiva” da bebê e a classificou como um “peso”, afirmando ter cogitado entregá-la para adoção.
Conforme a apuração da polícia, o ataque foi motivado pela insatisfação de João com o fim do relacionamento. Em detalhes perturbadores, ele relatou que imobilizou Vanessa com um golpe conhecido como “mata-leão”, logo após um suposto “beijo de despedida”. Em seguida, atacou a criança, que não teve chance de reagir.
Os corpos de mãe e filha foram sepultados na quarta-feira (28) em Chapadão do Sul, onde vivem os familiares das vítimas. Com esse caso, Mato Grosso do Sul chega a 14 registros de feminicídio em 2025, um dado que acende o alerta sobre a escalada da violência contra mulheres no estado.
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