Durante sua audiência geral na Praça de São Pedro, nesta quarta-feira (28), o Papa Leão pediu um cessar-fogo imediato em Gaza e solicitou que Israel e o Hamas respeitem integralmente o direito internacional humanitário.
“Os gritos de mães e pais que choram seus filhos mortos ecoam cada vez mais alto. Aos responsáveis, renovo meu apelo: parem os combates, libertem todos os reféns e respeitem integralmente o direito humanitário”, declarou o pontífice.
Além do conflito no Oriente Médio, Leão, que assumiu o papado em 8 de maio, também expressou preocupação com a escalada da guerra na Ucrânia. Ele condenou os ataques recentes contra civis e infraestrutura, ocorridos após a Rússia ter lançado um dos maiores ataques aéreos desde o início do confronto, há três anos.
Situação humanitária e bloqueio em Gaza
Na terça-feira (27), milhares de palestinos invadiram um centro de distribuição de ajuda humanitária em Gaza, após 11 semanas de bloqueio israelense ao enclave devastado pela guerra. Israel afirma que a restrição aos suprimentos foi imposta em março devido ao desvio de mantimentos pelo Hamas, acusação que o grupo nega.
O Papa Francisco, que faleceu em 21 de abril, já havia intensificado suas críticas às operações militares de Israel no período anterior à sua morte. Leão, em sua primeira audiência geral na semana passada, reforçou a necessidade de permitir a entrada de mais ajuda humanitária no território palestino.
Conflito e impactos
Israel lançou sua ofensiva em Gaza como resposta ao ataque coordenado pelo Hamas, ocorrido em 7 de outubro de 2023. A investida inicial contra comunidades do sul de Israel deixou aproximadamente 1.200 mortos, além do sequestro de 251 reféns levados para o enclave palestino.
Desde então, a ofensiva israelense resultou em mais de 54.000 mortes no território palestino, além da destruição de grande parte da infraestrutura local.