O rendimento médio mensal por pessoa nos domicílios de Mato Grosso do Sul atingiu R$ 2.105 em 2024, o maior valor já registrado desde o início da série histórica do IBGE, iniciada em 2012. O dado representa um crescimento real de 7,8% em relação a 2022, quando o valor corrigido pela inflação era de R$ 1.952.
As informações constam na pesquisa PNAD Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, divulgada no último dia 8 de maio pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Alta também é nacional
Em todo o país, o rendimento domiciliar per capita foi de R$ 2.020 em 2024 — avanço de 16,8% em relação aos R$ 1.730 registrados em 2022, em valores atualizados. Segundo o IBGE, o resultado representa o maior valor da série histórica nacional.
Todas as unidades da Federação apresentaram crescimento real no período, e em 19 delas os valores de 2024 foram recordes. Mato Grosso do Sul está entre os estados com os melhores desempenhos.

Regiões e estados com maiores e menores rendimentos
A Região Sul lidera com rendimento per capita médio de R$ 2.499, seguida pelas regiões Sudeste (R$ 2.381), Centro-Oeste (R$ 2.331), Norte (R$ 1.389) e Nordeste (R$ 1.319).
Entre as unidades da Federação, o Distrito Federal manteve o maior rendimento per capita (R$ 3.276), seguido por São Paulo (R$ 2.588) e Santa Catarina (R$ 2.544). Na outra ponta, os menores valores foram registrados no Maranhão (R$ 1.078), Ceará (R$ 1.210) e Amazonas (R$ 1.231).

Indicadores de renda também batem recorde
Outros indicadores nacionais também alcançaram níveis recordes. O rendimento médio de todas as formas de trabalho chegou a R$ 3.225, maior valor desde 2012. Já a média dos rendimentos recebidos por programas sociais atingiu R$ 836.
A desigualdade de renda, medida pelo Índice de Gini, caiu para 0,506 — o menor nível já registrado na renda domiciliar per capita. Houve redução expressiva em relação a 2023 (0,518) e ao período anterior à pandemia, em 2019 (0,544).
A população com algum tipo de rendimento no país chegou a 143,4 milhões de pessoas em 2024. Já o número de brasileiros que recebem benefícios de programas sociais aumentou de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões neste ano.