Laudo descarta acidente e mulher é presa acusada de esfaquear marido em Corumbá

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  • Post publicado:17 de maio de 2025

A mulher investigada pela morte de Ronaldo da Silva Freire, de 51 anos, foi presa na noite desta sexta-feira (16), após a conclusão do laudo necroscópico que desmentiu a versão inicialmente apresentada por ela. Segundo o relatório técnico, as características da lesão causada pela facada — como profundidade, localização e força — são incompatíveis com um golpe acidental.

A prisão ocorreu quando a suspeita compareceu à 1ª Delegacia de Polícia Civil de Corumbá para registrar um boletim de ocorrência por calúnia. No local, ela foi surpreendida pela ordem judicial de prisão, cumprida imediatamente após o delegado responsável pelo caso, receber o resultado do laudo médico-legal.

Segundo as autoridades, os elementos analisados no exame pericial indicam que a versão apresentada pela mulher, de que teria atingido o marido sem querer durante uma situação doméstica, não se sustenta. A facada, segundo o laudo, exigiu um grau de força e um ângulo de perfuração que excluem a possibilidade de acidente.

A suspeita será encaminhada ao Estabelecimento Penal Feminino de Corumbá, onde ficará à disposição da Justiça enquanto as investigações seguem em curso.

O caso

Ronaldo morreu no dia 10 de maio, após ser levado à Santa Casa de Corumbá com uma perfuração no tórax. No momento da internação, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. Inicialmente, a versão repassada pela companheira e por uma das filhas era de que o ferimento teria ocorrido quando ele a surpreendeu com um abraço enquanto ela lavava louça com uma faca nas mãos.

O caso aconteceu na residência do casal, no bairro Maria Leite. A alegação era de que o susto teria provocado um movimento involuntário que resultou no ferimento. No entanto, o comportamento da suspeita após o óbito, como a tentativa de realizar um enterro rápido, sem velório ou perícia, despertou desconfiança entre os familiares de Ronaldo.

Uma das irmãs da vítima afirmou ter sido informada sobre a morte horas depois, apenas na manhã do dia seguinte. Ela também contou que versões contraditórias circularam entre os familiares — uma delas mencionando queda no banheiro — o que motivou o registro de um boletim complementar e a solicitação formal de investigação.

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