O laudo necroscópico sobre a morte de Jorge Ávalo, caseiro atacado por uma onça-pintada em um pesqueiro no Pantanal sul-mato-grossense, confirmou que os ferimentos fatais atingiram a cabeça e a coluna cervical da vítima.
O documento, divulgado nesta segunda-feira (12), determinou que a causa do óbito foi um choque neurogênico agudo, resultado dos ferimentos perfurocontundentes provocados pelo ataque do felino.

A perícia também identificou que Jorginho estava vivo durante o ataque e tentou se defender, conforme já apontado no laudo preliminar, publicado em 7 de maio. Marcas nos braços foram registradas como movimentos de defesa realizados enquanto ele ainda estava consciente.

Fragmentos de ossos e fios de cabelo foram encontrados nas fezes da onça, coletadas um dia após a captura do animal. O material foi enviado para análise pericial, e apesar de os exames definitivos sobre a origem desses vestígios ainda estarem em andamento, o laudo necroscópico já confirma que a morte foi resultado direto do ataque.
A onça responsável pelo ataque, um macho de aproximadamente nove anos, foi capturada no dia 24 de abril, na região do pesqueiro Touro Morto, após o desaparecimento do caseiro. O felino segue sob observação veterinária, apresentando comportamento reativo à presença humana.

O caso aconteceu na madrugada de 21 de abril, em uma propriedade isolada, acessível apenas por barco ou helicóptero, a cerca de duas horas do porto de Miranda. A ausência de Jorginho foi percebida por um guia de pesca, que encontrou marcas de sangue e pegadas da onça, acionando a Polícia Militar Ambiental e a Polícia Civil.
A investigação segue com exames complementares, mas com a divulgação do laudo necroscópico, a principal dúvida sobre a causa da morte foi esclarecida.