O Ibama autorizou a contratação de 187 profissionais temporários para reforçar o trabalho de prevenção e combate aos incêndios florestais em áreas estratégicas do Pantanal sul-mato-grossense.
A portaria com a autorização foi publicada nesta quinta-feira (9) no Diário Oficial da União e prevê atuação em cinco municípios de Mato Grosso do Sul: Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho, Corumbá e Campo Grande.
Brigadas terão estrutura reforçada em áreas mais críticas
As equipes contratadas irão atuar por meio do Prevfogo (Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais), em atividades que vão desde o manejo preventivo, passando por combate direto às chamas, até funções de chefia e supervisão.
A maioria dos contratos terá vigência de dois anos, conforme informado pelo presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.
Nos municípios de Aquidauana, Miranda (com duas unidades) e Porto Murtinho, serão instaladas brigadas com a estrutura padrão: 1 chefe de brigada, 2 chefes de esquadrão e 12 brigadistas.
Em Aquidauana e Porto Murtinho, também foram autorizadas brigadas com estrutura ampliada, com 1 chefe de brigada, 3 chefes de esquadrão e 18 brigadistas em cada uma.

Já em Corumbá, região que tem sido constantemente castigada pelas queimadas, o reforço será feito com duas brigadas especializadas de pronto emprego, compostas por 15 e 29 profissionais, entre brigadistas e chefes de esquadrão.
Outro destaque é a autorização para a contratação de 13 brigadistas dedicados à queima prescrita, técnica usada para eliminar vegetação seca de forma controlada, reduzindo o risco de incêndios de grandes proporções.
Também estão previstas as nomeações de 3 supervisores estaduais e 1 agente federal de informação para atuar em Campo Grande, reforçando a articulação entre os órgãos.

Ação federal acompanha avanço do Pacto Pantanal
A decisão do Ibama acompanha o alerta de especialistas sobre a alta probabilidade de uma temporada crítica de incêndios em 2025. O Pantanal, considerado um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, vem sofrendo com queimadas cada vez mais frequentes e devastadoras.
Em 2020, a região viveu a pior crise ambiental de sua história recente, com mais de 4 milhões de hectares queimados — boa parte no território de Mato Grosso do Sul. O ano de 2023 também foi marcado por um aumento expressivo de focos de calor.
No cenário estadual, o governo de Mato Grosso do Sul lançou em março o Pacto Pantanal, programa que prevê investimento de R$ 1,429 bilhão em ações voltadas à preservação ambiental, infraestrutura, educação, saúde e saneamento básico na região pantaneira.