Mato Grosso do Sul está entre os 13 estados do país com risco elevado de aumento nas internações por SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), segundo o mais recente boletim InfoGripe da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), divulgado na quarta-feira (8).

A tendência de crescimento preocupa especialmente pelas próximas semanas, conforme aponta o monitoramento nacional.

O alerta da Fiocruz inclui também os estados do Amapá, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Pará, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. Já Campo Grande segue com tendência de estabilidade, conforme o boletim.

fiocruz completa 122 anos ffraz abr 190522 30 Fiocruz — Castelo Mourisco, sede da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos.

2.420 internações por SRAG em MS neste ano

Dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde) indicam que Mato Grosso do Sul já soma 2.420 internações por SRAG em 2024, com 167 mortes registradas até 26 de abril. Os dados são atualizados semanalmente e mostram que o impacto da doença ainda é significativo no estado.

A Fiocruz chama a atenção para o fato de que, mesmo com a queda da Covid-19, o vírus Sars-CoV-2 continua sendo a principal causa de morte por SRAG entre os idosos, seguido pela influenza A.

SRAG em crianças desacelera, mas continua alta

O levantamento destaca também uma desaceleração no avanço da SRAG em crianças pequenas causada pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), especialmente na região Centro-Oeste. A virose teve um crescimento expressivo desde o fim de fevereiro, mas agora começa a dar sinais de recuo, embora a incidência ainda esteja em patamar elevado.

Tatiana Portella, pesquisadora da Fiocruz e integrante do InfoGripe, explica que a redução nos registros ligados ao VSR é um indicativo positivo, porém ainda exige vigilância. “A gente observa uma desaceleração no crescimento, mas os níveis permanecem altos, especialmente entre os menores de 5 anos”, destacou.

Máscaras e vacinação continuam recomendadas

Diante do cenário, a Fiocruz reforça a importância do uso de máscaras em ambientes com aglomeração e da vacinação contra a gripe, como formas eficazes de proteção contra os vírus respiratórios que seguem circulando com força, especialmente durante o outono.