IDH do Brasil cresce e país ocupa 84º lugar entre 193 nações

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  • Post publicado:6 de maio de 2025

O Brasil subiu para a 84ª posição no ranking global do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), conforme o relatório divulgado nesta terça-feira (6) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). Com índice de 0,786 em 2023, o país registrou leve alta em relação ao ano anterior, quando a pontuação ajustada era de 0,780.

IDH do Brasil cresce, mas desigualdade ainda pesa

O relatório do Pnud analisou dados de 193 países, levando em conta indicadores como expectativa de vida, escolaridade e Produto Interno Bruto (PIB) per capita. Na nova edição, o Brasil teve crescimento de 0,77% no índice, considerado de desenvolvimento humano alto. Apesar disso, quando ajustado pela desigualdade, o IDH brasileiro cai para 0,594, o que rebaixa o país à 105ª posição global e à categoria de desenvolvimento médio.

A comparação entre os anos também revela variação na posição do país. Embora o Brasil estivesse na 89ª colocação no relatório anterior, ajustes metodológicos revisaram a posição de 2022 para 86ª. Com isso, o avanço real foi de duas posições em relação ao ano anterior, ultrapassando a Moldávia e empatando com Palau.

Comparação regional e global

Entre os países da América Latina e Caribe, o Chile lidera o ranking com IDH de 0,878, ocupando a 45ª posição mundial. Outros nove países da região também fazem parte do grupo de desenvolvimento muito alto (acima de 0,800). A média regional foi de 0,783 em 2023, ligeiramente abaixo da média brasileira.

Globalmente, a Islândia alcançou o topo do ranking, com índice de 0,972, superando Suíça e Noruega. As seis primeiras colocações são todas ocupadas por países europeus. Na ponta oposta, o Sudão do Sul registrou o menor IDH do planeta, com 0,388. As últimas posições do ranking continuam concentradas entre países africanos e o Iêmen.

A média mundial subiu para 0,756 em 2023, maior nível desde o início do levantamento. No entanto, segundo o coordenador do relatório, Pedro Conceição, o ritmo de avanço tem sido o mais lento da história, desconsiderando os efeitos da pandemia. “Essa desaceleração atrasa significativamente a possibilidade de atingir um IDH muito alto em escala global até 2030”, destacou.

Gênero e pegada de carbono

O relatório também mostrou que as mulheres no Brasil apresentam IDH levemente superior ao dos homens: 0,785 contra 0,783. A diferença está relacionada a melhores indicadores de expectativa de vida e escolaridade, embora o rendimento econômico seja inferior ao do público masculino.

Quando ajustado pela pegada de carbono, o IDH brasileiro cai para 0,702. No entanto, o país melhora no ranking, ocupando a 77ª posição global nesse critério, o que reflete um impacto ambiental menor em comparação a outras nações com desenvolvimento semelhante.

Inteligência artificial em foco

O tema principal do relatório deste ano foi a inteligência artificial. Para o administrador do Pnud, Achim Steiner, é fundamental que a tecnologia seja utilizada de forma a ampliar o desenvolvimento humano. “É essencial garantir que a IA contribua para ampliar nossa capacidade criativa e produtiva, mas também que não agrave as desigualdades existentes”, afirmou.

Segundo ele, o avanço tecnológico deve ser acompanhado de cooperação internacional, especialmente entre países mais desenvolvidos e aqueles com menor capacidade de adaptação à nova economia digital.

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