A ceva de onças-pintadas é uma prática ilegal utilizada para atrair esses grandes felinos, frequentemente com a oferta de carne ou carcaças de animais, com o intuito de facilitar o contato para pesquisa ou até mesmo captura.
Contudo, a prática é considerada crime ambiental (Lei nº 9.605/98), e é amplamente condenada por ambientalistas e autoridades, que apontam os sérios riscos que ela impõe à fauna e aos ecossistemas.
Embora algumas instituições de pesquisa possam ter adotado esse método em algumas circunstâncias, a crescente conscientização e a legislação rigorosa têm levado a um questionamento sobre suas implicações éticas e ambientais.

O que é ceva de onças-pintadas?
A ceva de onças-pintadas refere-se ao ato de atrair esses felinos colocando alimentos ou carcaças de animais em pontos estratégicos, visando captar imagens, estudar seu comportamento ou realizar o monitoramento.
No entanto, essa prática é proibida por ser considerada crime ambiental e ter impactos negativos no comportamento natural da onça-pintada. Além disso, ao oferecer alimentos diretamente, essa técnica pode criar uma associação entre os animais e a presença humana, aumentando os riscos de conflito.
Por que a ceva é usada por pesquisadores?
Em algumas situações, a prática de ceva de onças-pintadas foi adotada por pesquisadores como uma forma de atrair os felinos para facilitar o monitoramento e estudo.
No entanto, ambientalistas e autoridades se opõem fortemente a essa prática, considerando-a prejudicial à fauna. O uso de armadilhas fotográficas ou a instalação de coleiras de monitoramento sem recorrer à ceva é visto como uma alternativa mais ética e sustentável.
A crescente condenação de métodos invasivos tem impulsionado a pesquisa por formas mais responsáveis de estudo e monitoramento da onça-pintada.

As críticas à ceva de onças-pintadas
A ceva de onças-pintadas é alvo de diversas críticas, principalmente de ambientalistas e biólogos, que apontam diversos problemas associados à técnica:
- Alteração do comportamento natural: Atrair as onças com alimentos pode alterar seus hábitos de caça e deslocamento.
- Risco de associação entre humanos e alimento: Essa prática pode fazer com que as onças associem humanos à comida, aumentando a probabilidade de conflitos.
- Aumento de conflitos com fazendeiros: Onças-pintadas atraídas por comida podem se aproximar de áreas rurais, prejudicando a convivência com a atividade agrícola.
- Impactos no ecossistema: O fornecimento artificial de alimento pode afetar o equilíbrio natural dos ecossistemas, trazendo consequências imprevistas.
Dada a gravidade dos impactos, muitos especialistas defendem alternativas mais responsáveis e éticas.

O que dizem as autoridades ambientais?
Órgãos como o ICMBio, IBAMA e as secretarias estaduais de meio ambiente têm uma posição firme contra a prática de ceva de onças-pintadas, considerando-a uma violação das leis ambientais.
A Lei de Crimes Ambientais proíbe a intervenção direta no comportamento dos animais, especialmente de espécies ameaçadas, como a onça-pintada. Para práticas de monitoramento, esses órgãos exigem licenciamento adequado e a adoção de métodos alternativos, como o uso de câmeras de monitoramento e drones, para evitar danos ao ecossistema.
Caminhos para um monitoramento responsável
Há várias soluções alternativas que vêm sendo discutidas para um monitoramento responsável da onça-pintada. Algumas dessas incluem:
- Uso de drones e câmeras de longo alcance: Essas tecnologias permitem o monitoramento de felinos sem interferir diretamente em seu comportamento.
- Armadilhas fotográficas sem ceva: Métodos que capturam imagens de onças sem atraí-las com alimentos, garantindo que o estudo seja feito sem comprometer a ética ambiental.
- Educação ambiental: Promover o entendimento sobre a importância da conservação e a redução de conflitos entre animais selvagens e produtores rurais.
A pesquisa científica deve estar sempre alinhada com a ética ambiental, respeitando o comportamento natural dos animais e garantindo sua proteção.

Conclusão
O diálogo entre pesquisadores, autoridades ambientais e comunidades locais é fundamental para encontrar alternativas que conciliem a ciência e a preservação da natureza.
A ceva de onças-pintadas é uma prática ilegal e eticamente questionável, considerada crime ambiental por especialistas. A busca por soluções para o monitoramento responsável da fauna deve priorizar métodos que respeitem os direitos dos animais e preservem os ecossistemas.
Curiosidades
Quais são as subespécies de onça-pintada?
Atualmente, a onça-pintada (Panthera onca) é considerada uma espécie sem subespécies oficialmente reconhecidas. No passado, foram propostas variações regionais, mas estudos genéticos indicam que há uma única espécie com populações distribuídas da América do Sul até o México, com variações morfológicas e comportamentais conforme o habitat.
Como saber se tem onça por perto?
Alguns sinais indicam a presença de onças-pintadas, como pegadas grandes com marcas de garras retraídas, fezes com restos de pelos ou ossos, arranhões em árvores e urros graves durante a noite. Câmeras de monitoramento também ajudam a confirmar sua presença em regiões específicas.
Quantas onças-pintadas restam?
Estima-se que restem entre 64 mil e 173 mil onças-pintadas na natureza, sendo que grande parte dessa população está concentrada na Amazônia. Fora dessa região, a espécie está em declínio acelerado, com áreas onde já foi completamente extinta.
Por que as onças-pintadas estão diminuindo?
A principal causa é a perda de habitat provocada pelo desmatamento e expansão agrícola. Outros fatores incluem a caça ilegal, conflitos com pecuaristas e a fragmentação dos corredores ecológicos, que dificulta a reprodução e o deslocamento dos animais.
Qual animal come onça-pintada?
Na natureza, a onça-pintada está no topo da cadeia alimentar e não possui predadores naturais. No entanto, filhotes podem ser vulneráveis a ataques de grandes serpentes ou outros carnívoros. A maior ameaça à espécie é o ser humano.
Quanto tempo uma onça fica sem comer?
Uma onça-pintada pode ficar até 5 dias sem se alimentar, dependendo da disponibilidade de presas e das condições ambientais. Em situações extremas, pode resistir por mais tempo, mas com perda de energia e agilidade.
Quais são 5 curiosidades sobre a onça-pintada?
- A onça-pintada tem a mordida mais forte entre os felinos.
- Pode nadar longas distâncias e caça dentro da água.
- Suas manchas formam rosetas com pintas no centro.
- Pode viver até 15 anos na natureza.
- É o maior felino das Américas.
Qual é o maior felino do mundo?
O maior felino do mundo é o tigre-siberiano (Panthera tigris altaica), que pode chegar a pesar até 320 kg e medir mais de 3 metros de comprimento, incluindo a cauda.
Qual a força da mordida da onça-pintada?
A onça-pintada possui uma das mordidas mais poderosas entre os mamíferos, com força estimada em cerca de 1.500 PSI (libras por polegada quadrada). Isso permite que ela perfure o crânio ou casco de suas presas com facilidade.