A servidora pública de 42 anos, presa por dirigir sob efeito de álcool e agredir um policial militar, foi liberada após audiência de custódia realizada nesta sexta-feira (2), em Campo Grande. Apesar do histórico de reincidência, a mulher obteve liberdade provisória mediante pagamento de fiança no valor de R$ 4.554 e outras medidas cautelares.
Durante o depoimento à Justiça, a servidora apresentou uma versão diferente da registrada no boletim de ocorrência. Segundo ela, não estava ao volante no momento da abordagem policial. Afirmou que o carro estava estacionado e que se encontrava dentro de uma conveniência quando um homem a ameaçou e exigiu dinheiro. Pouco depois, foi abordada por policiais militares, que teriam a retirado à força do local e a colocado na viatura, sem resistência.
Colisão e abordagem
A prisão ocorreu na madrugada de quinta-feira (1º), no cruzamento da avenida Bom Pastor com a rua Quintino Bocaiúva, bairro Vilas Boas. Conforme o Batalhão de Trânsito da Polícia Militar, a servidora conduzia uma Mercedes-Benz C200 quando colidiu com um Hyundai HB20 estacionado. O dono do carro atingido acionou a PM e informou que o veículo estava parado corretamente.
No local, os policiais identificaram sinais de embriaguez na condutora, como fala arrastada, olhos vermelhos e desequilíbrio. Também foi encontrada uma garrafa de cerveja dentro do carro. Durante a condução até a delegacia, a servidora teria desferido chutes contra um dos agentes e danificado o celular funcional do policial.
Por causa da resistência, a mulher foi colocada no compartimento destinado a presos e encaminhada à Depac Cepol.
Decisão judicial e medidas
Apesar do histórico de reincidência, o juiz entendeu que estavam presentes os requisitos legais para a concessão da liberdade provisória. Entre as condições impostas estão a proibição de ausentar-se da residência por mais de oito dias sem aviso prévio ao Judiciário, comparecimento obrigatório aos atos do processo e suspensão da Carteira Nacional de Habilitação por seis meses.
A suspensão da CNH foi comunicada ao Detran-MS e ao Conselho Nacional de Trânsito para aplicação imediata.
Antecedente por embriaguez
A servidora já havia sido abordada por condução sob efeito de álcool em fevereiro de 2019, na rua 15 de Novembro, por volta das 3h30. Na ocasião, ela dirigia um Fiat Idea e foi parada em uma blitz da Lei Seca. Recusou-se a realizar o teste do bafômetro, mas admitiu ter consumido bebida alcoólica em uma festa.