Deputados de MS divergem sobre projeto que prevê anistia a condenados do 8 de janeiro

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  • Post publicado:11 de abril de 2025

Quatro deputados federais de Mato Grosso do Sul apoiam a tramitação em regime de urgência do projeto de lei que concede anistia a envolvidos na invasão e destruição das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

Para a matéria ser analisada em plenário, são necessárias 257 assinaturas; até o momento, 240 parlamentares já manifestaram apoio.

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Apoio dividido entre parlamentares do Estado

Entre os representantes sul-mato-grossenses que defendem o avanço da proposta estão Beto Pereira (PSDB), Dr. Luiz Ovando (PP), Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira, ambos do PL. Eles se somam a outros congressistas que buscam levar o projeto à votação quanto antes.

Já os deputados Dagoberto Nogueira (PSDB), Geraldo Resende (PSDB), Camila Jara (PT) e Vander Loubet (PT) se posicionaram contra a anistia.

No âmbito estadual, a discussão também mobilizou figuras políticas importantes. O governador Eduardo Riedel (PSDB) manifestou apoio à anistia em determinados casos específicos.

Por outro lado, o deputado estadual Zeca do PT fez críticas à proposta e relembrou os danos provocados nos prédios públicos, avaliados em cerca de R$ 30 milhões. Segundo ele, os responsáveis “não merecem o perdão”.

Presidente da Câmara evita acelerar tramitação

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), não tem demonstrado intenção de priorizar o projeto. Sem o apoio da presidência da Casa, os defensores da anistia tentam reunir as assinaturas necessárias para a proposta avançar por meio de requerimento de urgência — um caminho regimental que força a inclusão na pauta.

img20250402182515609MED.jpg Anistia a condenados

Caso a meta de assinaturas seja atingida, o projeto pode ser apreciado diretamente pelo plenário, sem passar pelas comissões permanentes.

Manifestação e opinião pública

No dia 16 de março, um grupo favorável à anistia realizou uma manifestação em Campo Grande. Segundo os organizadores, cerca de 200 pessoas participaram do ato, pedindo o perdão judicial aos envolvidos nos ataques do 8 de janeiro. O evento ocorreu em meio à crescente discussão sobre os desdobramentos judiciais dos condenados pelos atos antidemocráticos.

Uma pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada após a manifestação, indicou que a maioria da população brasileira se opõe à concessão de anistia aos condenados. O levantamento revelou que 56% dos entrevistados são contra o perdão, enquanto 37% demonstraram apoio à medida. Outros 6% afirmaram não saber opinar e 2% se disseram indiferentes.

O estudo ouviu 3.054 pessoas entre os dias 1º e 3 de abril, em 172 cidades de todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.