Campanha da OMS reforça urgência em reduzir mortes maternas e neonatais

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  • Post publicado:7 de abril de 2025

Em um apelo global por melhorias no cuidado com a saúde de gestantes e recém-nascidos, a Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que aproximadamente 300 mil mulheres morrem a cada ano devido a complicações ligadas à gravidez ou ao parto. O anúncio ocorreu nesta segunda-feira (7), data em que se celebra o Dia Mundial da Saúde.

Além das mortes maternas, a OMS apontou que mais de 2 milhões de bebês morrem nos primeiros 28 dias de vida, enquanto outros 2 milhões são natimortos — ou seja, falecem no útero após a 20ª semana de gestação ou durante o parto.

De acordo com a entidade, uma morte evitável ocorre a cada sete segundos. Com base nas projeções atuais, 80% dos países não conseguirão atingir as metas de redução da mortalidade materna até 2030. No caso da mortalidade neonatal, um em cada três países deve falhar em alcançar os objetivos estabelecidos.

Campanha reforça importância do início da vida

Diante dos dados alarmantes, a OMS iniciou uma campanha internacional com duração de um ano, intitulada “Começos saudáveis, futuros esperançosos”. O objetivo é chamar a atenção para a importância de cuidados médicos acessíveis e eficazes desde a gestação até o pós-parto.

“A saúde de mãe e bebês afeta cada um de nós. Ainda assim, milhões de mulheres e recém-nascidos perdem suas vidas todos os anos por causas que poderiam ser prevenidas por meio de atendimento pontual e de qualidade”, comunicou a organização.

O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou:
“A forma como começamos a vida desempenha um papel importante para determinar tudo o que vem depois. Quando mulheres e recém-nascidos não apenas sobrevivem ao parto, mas mantêm boa saúde, isso beneficia famílias e comunidades e contribui para o desenvolvimento econômico e a estabilidade.”

Indicadores globais mostram avanços, mas desafios persistem

Apesar dos desafios, a OMS ressaltou que houve avanços significativos nas últimas duas décadas. Em 2000, cerca de 443 mil mulheres morreram durante a gravidez ou o parto. O número caiu para 328 mil em 2015 e chegou a 260 mil em 2023. Pela primeira vez, nenhum país foi classificado como detentor de taxas extremamente altas de mortalidade materna.

Também entre 2000 e 2023, houve aumento no acesso global a serviços de saúde materno-infantil:

  • 21% a mais de gestantes receberam cuidados pré-natais;
  • 25% a mais tiveram assistência qualificada durante o parto;
  • 15% a mais acessaram cuidados pós-parto.

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