Quatro municípios de Mato Grosso do Sul – Corumbá, Miranda, Coxim e Campo Grande – estão entre as 50 cidades brasileiras selecionadas para o programa “Cidades Modelos Verdes Resilientes”, lançado pelo governo federal.
A iniciativa visa implementar soluções inovadoras contra a crise climática, combinando redução de emissões de gases poluentes e adaptação a eventos extremos, como secas e enchentes.
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Ações estratégicas para o clima
Na primeira fase, cada cidade receberá suporte técnico para desenvolver dois projetos: um focado em mitigação (como energia limpa ou transporte sustentável) e outro em adaptação (como infraestrutura verde ou sistemas de alerta para desastres).
O anúncio foi feito pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Jorge Muller, durante o 1º Encontro Cidades Verdes Resilientes, realizado em Brasília nos dias 27 e 28 de março.
Envolvimento multissetorial
O evento reuniu representantes de governos estaduais, prefeituras, universidades, ONGs e setor privado para discutir o plano de implementação do programa. “A COP30 será um marco para acelerar ações práticas.
Já estamos impulsionando 100 medidas, como recuperação de áreas verdes e eletrificação de ônibus, em 50 cidades”, destacou a ministra Marina Silva (Meio Ambiente).
Já o ministro Jader Filho (Cidades) reforçou: “Justiça climática só existe com justiça social. E isso começa nos centros urbanos, onde vivem 85% dos brasileiros”.
Cidades participantes por região
Além das quatro sul-mato-grossenses, o programa inclui municípios como Cuiabá (MT), Goiânia (GO), Manaus (AM), Fortaleza (CE), Rio de Janeiro (RJ) e Porto Alegre (RS). A seleção priorizou cidades com desafios ambientais distintos, desde metrópoles até localidades amazônicas e do semiárido. No Centro-Oeste, Cáceres (MT) e Tangará da Serra (MT) também foram escolhidas.
Próximos passos
Até 2025, as prefeituras participantes deverão apresentar planos detalhados para acesso a financiamentos nacionais e internacionais. O programa prevê ainda a criação de uma rede de cooperação técnica entre as cidades-modelo, facilitando o compartilhamento de tecnologias e boas práticas.
Em Mato Grosso do Sul, Corumbá – cidade pantaneira vulnerável a cheias – já sinalizou interesse em projetos de restauração de matas ciliares e energia solar para edifícios públicos.