A Avenida Filinto Müller, na região do Lago do Amor, em Campo Grande, voltou a apresentar desmoronamentos após as chuvas desta terça-feira (18). A via, que passou por uma obra de R$ 3,8 milhões, entregue há um ano e meio, sofreu danos significativos, incluindo a destruição de parte da ciclovia e da passarela.
A recuperação da avenida foi uma das primeiras obras da gestão da prefeita Adriane Lopes (PP) e foi realizada sem licitação, por meio da contratação da empreiteira CCO Infraestrutura.
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A promessa da prefeitura era de que a estrutura não voltaria a ceder, mas o primeiro problema já havia surgido apenas 31 dias após a inauguração, quando um desmoronamento exigiu nova intervenção.
Promessas e execução da obra
O projeto previa a construção de uma barreira de contenção para evitar novos alagamentos e deslizamentos em períodos chuvosos.
Segundo a prefeitura, foram utilizados 7 mil metros cúbicos de aterro, além da instalação de trilhos e paredes de concreto com altura de cinco metros. Para reforçar a contenção, foi plantada grama na margem da avenida.
Além disso, a prefeitura anunciou a construção de um vertedouro com controle manual para regular a vazão do Lago do Amor, evitando o transbordamento em períodos de chuva intensa.
Durante a inauguração, a prefeitura anunciou que a obra teria medidas para evitar novos desmoronamentos, incluindo:
- Barragem com 7 mil metros cúbicos de aterro
- Estrutura de contenção de cinco metros de altura, com trilhos e concreto
- Plantio de grama para estabilização do solo
- Vertedouro com controle manual para regular o nível da água
Reforma sem licitação e atraso na entrega
Mesmo sendo contratada sem licitação, a CCO Infraestrutura levou seis meses para concluir a obra, que inicialmente estava prevista para ser finalizada em 90 dias. A revitalização foi concluída em 26 de setembro de 2023, mas, menos de dois meses depois, a estrutura já apresentava falhas.
Agora, com o novo desmoronamento, a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) voltou a interditar a avenida, e ainda não há prazo para a nova recuperação do trecho danificado.