Uma mulher foi presa em Anastácio, sob suspeita de agredir e amarrar o próprio filho, um menino de três anos. A criança apresentava desnutrição, desidratação e múltiplas lesões, sendo encaminhada para atendimento médico na capital.
A delegada Isabelle Sentinello, responsável pelo caso, determinou a prisão da mãe por maus-tratos qualificados, após ouvir testemunhas. Além disso, a Polícia Civil solicitou medida protetiva para impedir que a mulher se aproxime da criança.
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Denúncias e investigações
O caso veio à tona na segunda-feira (3), quando a própria mãe levou o menino a uma unidade de saúde em Anastácio. A equipe médica identificou ferimentos na cabeça, queixo, braços e abdômen, além do estado de saúde debilitado, e acionou o Conselho Tutelar e a Polícia Militar.
Ao ser questionada, a mãe alegou estar em uma fazenda e deixou o filho sob os cuidados da avó paterna, que, por sua vez, negou qualquer responsabilidade, afirmando que a mãe era a agressora. Diante das contradições, mãe, avó e tia da criança foram levadas à delegacia para esclarecimentos.
Depoimentos contraditórios
Na delegacia, a avó revelou que a nora e o neto moravam com ela há cinco meses e confirmou ter presenciado as agressões, mas afirmou que não interferia na “educação” da criança. Já a mãe mudou sua versão, acusando a tia do menino de ser a responsável pelos maus-tratos, dizendo que ela o amarrava com um cadarço e batia com um cano de água sempre que ele pedia comida. A tia, no entanto, negou as acusações e apontou a própria mãe como agressora.
Vizinhos já haviam denunciado o caso
Moradores da região contaram que já haviam feito várias denúncias ao Conselho Tutelar sobre a situação da criança. Segundo uma vizinha, que pediu para não ser identificada, a criança chorava o dia todo, e as mulheres trancavam a casa sempre que suspeitavam de uma visita dos agentes de proteção.