Mais de 70 civis palestinos morreram nas últimas 24 horas devido aos bombardeios das Forças de Defesa de Israel em toda a Faixa de Gaza, informou a administração do Hamas. Em Doha, no Catar, com mediação do país convidado, do Egito e dos Estados Unidos, Israel e o Hamas retomam nesta sexta-feira (3) negociações sobre um cessar-fogo no território palestino, onde os militares israelenses intensificaram seus ataques.
Desde a madrugada de quinta-feira (2) que as forças israelenses levaram ao cabo uma série de ataques aéreos em toda a Faixa de Gaza, matando pelo menos 71 pessoas e deixando dezenas de feridos, de acordo com o gabinete de comunicação social da administração local.
Citando fontes médicas de Gaza, a Al Jazeera noticia hoje que o número de mortos subiu para 90 desde o amanhecer, contabilizando pelo menos mais 20 mortos, tendo 19 morrido nas áreas centrais do enclave.
Entre os mortos de um dos ataques ocorridos no distrito de Al-Mawasi – designada uma zona humanitária para civis desde o início do conflito – está o chefe da polícia da área controlada pelo Hamas, o seu adjunto e novos deslocados, disseram as autoridades de Gaza . Segundo Telavive, o adjunto era o chefe das forças de segurança do Hamas no sul de Gaza.
Uma informação divulgada pelo Ministério do Interior de Gaza, dirigida pelo Hamas, que declarou que o diretor-geral do departamento da polícia de Gaza, Mahmoud Salah, e o seu adjunto, Hussam Shahwan, estavam a controlar os residentes do campo em Al-Mawasi quando foram mortos no ataque israelense.
“Ao cometer o crime de homicídio do diretor-geral da polícia da Faixa de Gaza, a ocupação insiste em espalhar o caos e em aprofundar o sofrimento humano dos cidadãos”, acrescentou no comunicado.
Sem um cessar-fogo entre Israel e o Hamas o número de mortos na Faixa de Gaza continua a aumentar, tendo Israel matado mais de 45.500 palestinos desde o início do conflito, segundo o último balanço do ministério da Saúde de Gaza.