O ano de 2024 registrou um aumento alarmante na área queimada no Pantanal e no Cerrado de Mato Grosso do Sul. Dados do CEMTEC e do Corpo de Bombeiros do estado revelam que, até 5 de dezembro, as chamas consumiram 1.621.275 hectares no Pantanal, uma alta de 222,9% em relação a 2023, quando 502.050 hectares foram devastados.
Além disso, o número de focos de calor subiu de 2.309 para 8.149, um aumento de 252,9%.
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Principais municípios afetados
Corumbá lidera com 65,1% da área queimada no Pantanal, seguido por Aquidauana (17,3%), Porto Murtinho (9,1%) e Miranda (7,3%). Esses quatro municípios somam 98,8% dos focos de calor no Pantanal sul-mato-grossense, de acordo com o INPE.
Impacto no Cerrado
No Cerrado, a devastação foi 90% maior:
- Área queimada: de 224.225 hectares em 2023 para 426.150 hectares em 2024.
- Focos de calor: de 1.500 para 3.819 no mesmo período.
Atuação do Corpo de Bombeiros
Desde o início do ano, o Corpo de Bombeiros de MS registrou 5.465 ocorrências de incêndios florestais, um crescimento de 25,7% em relação a 2023. Para enfrentar o avanço do fogo, a Operação Pantanal, iniciada em abril, mobilizou 1.779 militares em ações de combate e prevenção.
Situação atual e perspectivas
Com o fim do período de seca extrema, que intensificou os incêndios entre agosto e outubro, os focos diminuíram. Contudo, o Pantanal permanece em estado de alerta até fevereiro, enquanto a maioria do estado está classificada como de “baixa probabilidade” para incêndios.