Avião brasileiro é apreendido na Bolívia com mais de 450 quilos de cocaína 

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  • Post publicado:25 de novembro de 2024
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Uma aeronave brasileira de matrícula PS-LEO foi localizada em uma pista clandestina na Bolívia, carregando 451 quilos de cloridrato de cocaína. O entorpecente, avaliado inicialmente em mais de R$ 8,33 milhões, pode alcançar cifras ainda maiores ao ser transportado para outras regiões, incluindo Mato Grosso do Sul. 

A descoberta foi realizada por agentes da Fuerza Especial de Lucha Contra el Crimen (Felcn) em uma operação que incluiu o monitoramento de aeronaves em espaço aéreo boliviano sem autorização. A ação contou com apoio do Grupo de Inteligencia y Operaciones Especiales (Gioe) e da Força Aérea Boliviana, conhecida como Diablos Rojos. 

A investigação identificou o avião como um modelo Cessna Aircraft de 1975, com capacidade para cinco passageiros e carga máxima de 1,7 toneladas. O registro no Brasil revela que o PS-LEO foi adquirido em maio de 2023, mas seu certificado de aeronavegabilidade venceu em julho e não foi renovado. O pedido para operar como táxi-aéreo também havia sido negado. 

De acordo com o ministro do governo boliviano, Eduardo del Castillo, a operação, chamada “Alas del Oriente“, ocorreu entre os dias 16 e 18 de novembro, na província de Velasco, região de difícil acesso próxima à divisa com Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. 

No primeiro dia, a aeronave foi apreendida com três reservatórios de combustível de aviação e uma carabina calibre 10,40 mm. No dia seguinte, a 4 km da pista clandestina, os agentes encontraram 15 volumes retangulares em uma canaleta, que posteriormente testaram positivo para cocaína. 

Todos os itens apreendidos, incluindo o avião, foram transportados para Santa Cruz de la Sierra, onde ficarão à disposição das autoridades locais. 

As autoridades bolivianas informaram que ainda não há confirmação sobre furto ou roubo do avião, mas destacaram a intenção de trocar informações com órgãos brasileiros. Até o início da tarde desta sexta-feira (22), o governo brasileiro não havia emitido comunicado oficial sobre o caso.

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