O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou, nesta quinta-feira (21), que emitiu mandados de captura para o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu; para o seu antigo ministro da Defesa, Yoav Gallant; e também para o líder do Hamas, Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, também conhecido como Mohammed Deif.
Em comunicado, o tribunal afirmou ter encontrado “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo a “fome como método de guerra” e os “crimes contra a humanidade de assassinato, perseguição e outros atos desumanos”.
A medida surgiu depois do procurador do TPI, Karim Khan, ter anunciado, em 20 de maio, que pretendia obter mandatos de detenção por crimes relacionados com os ataques do Hamas a Israel, em 7 de outubro de 2023, e com uma resposta militar israelense em Gaza.
O Tribunal Penal Internacional adiantou ainda que não é necessário a inclusão da jurisdição do tribunal por parte de Israel, que nega a prática de crimes de guerra em Gaza.
O ex-primeiro-ministro israelense Naftali Bennett reagiu à decisão do TPI, considerando-a uma “vergonha”.
O principal líder da oposição israelense, Yair Lapid, também denunciou a ação do tribunal sedado em Haia, classificando-a como “uma recompensa para o terrorismo”.