PF aponta envolvimento de Braga Netto em plano para matar lula após eleição de 2022

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Ministro da Defesa Braga NEto
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  • Post publicado:19 de novembro de 2024
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A Polícia Federal revelou, nesta terça-feira (19), novos detalhes sobre o suposto envolvimento do general Walter Braga Netto, ex-candidato à vice-presidência nas eleições de 2022, em um plano golpista para derrubar o governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e atacar autoridades do Supremo Tribunal Federal (STF). 

De acordo com as investigações, Braga Netto teria atuado diretamente no planejamento do golpe, colaborando com a elaboração e execução da estratégia, que envolvia a execução de Lula, seu vice, Geraldo Alckmin (PSB), e o ministro Alexandre de Moraes, do STF. A operação da PF também revelou que o general ofereceu sua residência para servir como local de encontro para os conspiradores. 

O início das investigações, conforme detalhado pela PF, remonta ao encontro ocorrido em 12 de novembro de 2022, na casa de Braga Netto. O plano golpista, de acordo com as apurações, visava instaurar um “Gabinete de Crise” no dia 16 de dezembro de 2022, composto majoritariamente por militares e liderado por Braga Netto e o general Augusto Heleno. O projeto contava também com a participação de outras figuras de destaque, como o general Mário Fernandes, e Filipe Martins, assessor especial da presidência de Bolsonaro. 

Além de Mário Fernandes, que foi um dos alvos da operação realizada pela PF, outros três militares conhecidos como “kids pretos”, integrantes das Forças Especiais, e um policial federal também foram presos preventivamente, suspeitos de estarem envolvidos no plano de golpe contra o resultado das eleições.

O golpe pretendia, ainda segundo a PF, a execução de um plano de poder paralelo, com a instalação de uma estrutura militar para administrar o país após o suposto golpe, caso os alvos fossem eliminados. 

As apurações destacam que o planejamento envolvia altos conhecimentos militares e detalhes operacionais avançados, com o uso de recursos bélicos e táticos para tentar reverter o resultado das urnas. O monitoramento das autoridades, por sua vez, foi iniciado logo após os encontros realizados por Braga Netto com outros membros envolvidos na trama.

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