Na noite desta segunda-feira (18), Gabriel Nogueira da Silva Mattos, de 27 anos, morreu em um hospital de Dourados após ser baleado durante uma tentativa de fuga da delegacia de Itaporã, onde estava detido. Gabriel havia sido preso mais cedo pelo assassinato do médico Edvandro Gil Braz, ocorrido na manhã do mesmo dia, em Douradina, a cerca de 192 quilômetros de Campo Grande.
De acordo com informações da polícia, o suspeito tentou escapar enquanto aguardava transferência, pois não havia celas disponíveis em Douradina. Durante a ação, ele entrou em luta corporal com os agentes e tentou tomar a arma de um deles. Gabriel foi atingido no abdômen e levado ao Hospital da Vida, mas não resistiu a uma parada cardíaca.
O crime que culminou na prisão de Gabriel aconteceu em uma unidade de saúde de Douradina. Ele chegou ao local como um paciente comum, preenchendo a ficha de atendimento e aguardando na fila. No entanto, estava armado com uma faca escondida na cintura e tinha como único objetivo matar o médico.
Quando sua vez não chegou rapidamente, Gabriel invadiu o consultório e desferiu ao menos oito facadas contra Edvandro. O médico sofreu cortes nos braços, indicando que tentou se defender, mas uma perfuração profunda no peito foi fatal. Após o ataque, o suspeito fugiu, roubando uma bicicleta e se escondendo em uma área de mata.
A polícia iniciou buscas logo após o crime e conseguiu localizar Gabriel em uma lavoura de soja. Ele foi cercado, se rendeu e confessou o assassinato. Apesar da rápida ação policial, Edvandro não resistiu aos ferimentos e morreu no Hospital do Coração, em Dourados. Natural do Paraná, o médico havia passado o fim de semana prolongado cuidando do pai, que estava em recuperação da covid-19.
O caso gerou grande repercussão na região, levantando questões sobre a segurança de profissionais de saúde em ambientes públicos. As autoridades continuam investigando os fatos.