PF instaura inquérito para investigar compra de votos envolvendo irmã de candidato em Corumbá

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  • Post publicado:25 de setembro de 2024

Corumbá (MS)- A Polícia Federal (PF) instaurou um inquérito para apurar possível envolvimento de uma mulher, em irregularidades eleitorais ligadas à campanha de seu irmão, Matheus Cazarin (PSB), candidato nas eleições municipais de 2024 em Corumbá. A decisão foi tomada pelo delegado, com base em diligências realizadas no dia 20 de setembro de 2024, que apontaram indícios de compra de votos e irregularidades no financiamento da campanha.

Segundo informações apuradas pela Reportagem do Folha MS, a suspeita foi abordada por uma das equipes da PF, onde foram apreendidos recibos manuais, dinheiro em espécie e listas contendo dados pessoais de eleitores.

Esses materiais sugerem a contratação de colaboradores de campanha sem a devida documentação e controle formal, levantando suspeitas de práticas ilícitas.

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Conforme consta nos autos do inquérito ao qual a reportagem teve acesso, a mulher admitiu contratar e pagar colaboradores da campanha sem controle formal ou documentação adequada em conformidade com a legislação eleitoral.

No entanto, ao ser ouvida na sede da Polícia Federal, preferiu manter silêncio. O inquérito prevê o aprofundamento das investigações, que podem incluir quebras de sigilo e a oitiva de outros colaboradores para esclarecer a extensão das possíveis irregularidades.

As investigações têm como base o artigo 299 do Código Eleitoral, que trata da compra de votos, além de outros delitos que possam ser identificados ao longo do processo.

Matheus Cazarin chegou a ter seu registro de candidatura indeferido pela Justiça Eleitoral, por alegação de inelegibilidade decorrente de multa por doação acima do limite legal.

O candidato entrou com pedido de recurso e teve a decisão da 7ª Zona Eleitoral, reformada pela juíza Sandra Regina da Silva Ribeiro Artioli, argumentando que a referida doação acima do limite permitido não foi o suficiente para alterar o resultado nas eleições.

A reportagem tentou contato com os advogados do candidato mencionado no inquérito, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.