Corumbá (MS)- Uma denúncia recebida pela Polícia Federal, foi o que levou os agentes a abordagem da mulher de 43 anos, identificada como irmã do candidato ao cargo de vereador em Corumbá Matheus Cazarin (PSB).
Ainda conforme o registro policial, foi realizado um acompanhamento e monitoramento da suspeita indicada pelo denunciante, referente a uma suposta ação para compra de votos. O relatório ao qual a reportagem do Folha MS teve acesso aponta que o fato ocorreu na tarde da última sexta-feira, 20 de setembro, quando a equipe visualizou duas mulheres deixando o local em um carro adesivado com a propaganda eleitoral do referido candidato.
A mulher seguiu para dois endereços distintos, e conforme os detalhes descritos pelos agentes nos autos, permaneceu por cinco minutos em uma casa no primeiro endereço. No segundo, os agentes relatam que uma mulher saiu de uma casa, se aproximou do veículo, conversou com as ocupantes e assina posteriormente o que seria supostamente um recibo.
Diante das evidências, a equipe decidiu pela abordagem da suspeita que ao ser questionada, mencionou possuir no interior do carro, uma quantia em dinheiro, no entanto, não soube precisar o valor.
A mulher ainda destacou que estaria efetuando o pagamento de cabos eleitorais do seu irmão, Matheus Cazarin, que concorre ao cargo de vereador na atual eleição municipal. Entre as atribuições dos referidos cabos eleitorais, estaria, segundo a suspeita, a entrega de panfletos, agitação de bandeiras e postagens nas redes sociais.
Questionada sobre o contrato dos trabalhadores, a mulher relatou serem prestados os serviços por meio de acordo verbal e que os valores a serem pagos variava entre R$ 50 e R$ 300 reais, a cada 15 dias.
Diante dos fatos a suspeita juntamente com o material apreendido foram encaminhados à Sede da Polícia Federal em Corumbá.
Foram apreendidos, 172 folhas de recibos preenchidos a mão, R$3.650,00 (três mil seiscentos e cinquenta reais) em espécie e divididos nominalmente, 79 folhas com dados de pessoas como nome, endereço, bairro, título eleitoral e celular, além de dois aparelhos celulares.
A reportagem tentou contato com os advogados do candidato mencionado no inquérito, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto.