Antes de pedir exoneração secretário homologou contratos de R$ 25 milhões com empreiteiro

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  • Post publicado:10 de julho de 2024
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Ricardo Campos Ametlla, ex-secretário de obras da prefeitura de Corumbá, assinou três contratos no valor total de R$ 25,34 milhões com o empreiteiro André Luiz dos Santos, conhecido como “André Patrola“, antes de ter sua exoneração publicada no Diário Oficial de Corumbá.

Apesar do prefeito Marcelo Iunes “bancar” sua permanência no cargo, mesmo sendo apontado pela Polícia Federal como peça-chave de dois esquemas de corrupção na prefeitura de Corumbá (operação Off-Set e João Romão), o secretário decidiu por pedir para deixar o cargo.

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Prefeito bancou permanência de seretário apontado como peça-chave em pelo menos dois esquemas de corrupção na prefeitura de Corumbá

Mas não antes de assegurar a assinatura de contratos para o empreiteiro que somente durante a gestão de Marcelo Iunes, já soma mais de R$ 60 milhões em contratos públicos.

No dia seguinte à operação, Ametlla firmou um contrato de R$ 4,423 milhões com André Patrola para a manutenção de estradas sem asfalto nos assentamentos Jacadigo, São Gabriel e Taquaral, com validade de 14 meses. Este contrato foi publicado no diário oficial do Governo do Estado nesta terça-feira (9).

Já momentos antes de sua exoneração, Ametlla também homologou dois outros contratos multimilionários com André Patrola, totalizando quase R$ 21 milhões. O primeiro contrato, no valor de R$ 15,783 milhões por ano, é para a manutenção de vias não pavimentadas nos assentamentos rurais e no distrito de Albuquerque. O segundo contrato, de R$ 5,134 milhões por ano, é para o aluguel de máquinas pesadas e equipamentos para a prefeitura de Corumbá.

Esses contratos foram assinados e publicados antes da saída oficial de Ametlla do cargo, assegurando que André Patrola fature consideráveis somas em contratos públicos.

Operação João Romão

A investigação da Polícia Federal revelou que Ametlla seria o proprietário de empresa que, nos últimos três anos, firmaram contratos e faturaram R$ 17 milhões com a própria secretaria de obras, coordenada por ele.

Não foi a primeira vez que o secretário foi alvo de investigações da Polícia Federal e apontado como mentor de esquemas de corrupção no poder executivo municipal.

Ricardo Ametlla é apontado ainda como um dos envolvidos na Operação Off-Set que também apontou fraudes em licitações com auxílio de servidores públicos, empresários e familiares do prefeito Marcelo Iunes.

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