Após 100 dias de árdua batalha contra as chamas que assolam o Pantanal sul-mato-grossense, a Operação Pantanal 2024 alcança um marco crucial: a contenção de todos os focos de incêndio, com exceção de um ponto remanescente na região do Paraguai Mirim, adjacente ao Rio Paraguai. Na linha de frente, 326 combatentes, compostos por bombeiros militares, policiais, agentes ambientais e brigadistas, concentram esforços para extinguir o último ponto de resistência do fogo.

Com o apoio essencial da aeronave KC390 da Força Aérea Brasileira e do helicóptero da Coordenadoria Geral de Policiamento Aéreo (CGPA), as equipes intensificaram as ações de combate ao fogo remanescente. As medidas adotadas incluem a abertura de linhas de defesa, combate direto e indireto, além de monitoramento constante da área afetada.

A Operação Pantanal 2024 conta com uma força-tarefa robusta composta por 93 bombeiros militares de Mato Grosso do Sul, sendo 65 atuando no combate em solo, 4 no Grupamento de Operações Aéreas e 24 no Sistema de Comando de Incidentes. O reforço inclui policiais militares do Estado, integrantes da Força Nacional, Marinha, Exército e Força Aérea, além de 233 agentes do IBAMA, ICMBio e brigadistas do PrevFogo, que se revezam em turnos ininterruptos.

Arsenal Aéreo Contra as Chamas

Para auxiliar no combate aos incêndios, a Operação Pantanal 2024 dispõe de uma frota aérea poderosa: 5 aeronaves “Air Tractor”, 7 helicópteros, 1 cargueiro KC390 Millenium, 5 caminhões de combate a incêndio, 3 lanchas e 18 caminhonetes equipadas com kits completos de combate ao fogo.

Condições Climáticas Favoráveis

As condições climáticas, com vento predominante Sul e Sudoeste, queda na temperatura e chuvas em algumas áreas do Pantanal, estão colaborando com os esforços de combate ao fogo.

Até 2 de julho, o fogo consumiu 566 mil hectares de área no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Entre janeiro e 2 de julho, foram detectados 2.879 focos de calor por satélite, evidenciando a gravidade da situação.