O Circo vai às Escolas das Águas: risos e alegria em meio as queimadas no Pantanal

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  • Post publicado:6 de julho de 2024
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Corumbá, MS – O circo chegou à Escola Municipal Rural Polo (EMRP) São Lourenço, localizada na comunidade tradicional da Barra do Rio São Lourenço, a 216 km de Corumbá, em uma iniciativa inovadora que uniu arte, educação e conscientização ambiental. O projeto “O Circo Vai à Escola”, idealizado pelo Prof. Dr. Rogério Zaim de Melo da UFMS, levou o espetáculo “Circo do Xulé” para as crianças ribeirinhas, que residem em uma região de difícil acesso e com pouco acesso à cultura.

O projeto partiu de Corumbá no dia 1º de julho, na prainha do Porto Geral e seguiu via Rio Paraguai, por cerca de três horas e meia até o desembarque na escola para sua segunda apresentação no local.

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Espetáculo Circense leva um pouco de alegria em meio a um cenário desolodor deixado pelas queimadas (ao fundo), no Pantanal

O retorno, segundo o professor, foi motivado pelo objetivo de levar um pouco de alegria e cor, às crianças do colégio afetado por um incêndio no início do ano. “As crianças precisavam de beleza e um pouco de piada em suas vidas”, afirma Rogério.

Superando desafios para levar a magia do circo

Idealizado para levar a arte circense a crianças que vivem em áreas remotas, o projeto enfrentou alguns desafios para chegar à Barra do Rio São Lourenço. O transporte da trupe de 10 pessoas e a acomodação durante a estadia na comunidade foram os principais obstáculos. Mas a parceria com o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) foi fundamental para superar essas dificuldades. O IHP disponibilizou um barco para o transporte e acomodou o grupo em sua base na Serra do Amolar.

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Traslado da trupe foi garantida em parceria com o Instituto do Homem Pantaneiro

Um espetáculo inesquecível para as crianças

As crianças da Escola Paraguai Mirim e da Escola São Lourenço vibraram com o espetáculo “Circo do Xulé”, que incluiu números de acrobacia, palhaçaria e até mesmo um número especial sobre a importância da preservação ambiental, atendendo a um pedido do IHP em meio aos incêndios que assolavam a região. Para tornar a experiência ainda mais completa, pipoca e amendoim foram servidos para as crianças no intervalo.

Emoção e aprendizado marcam a visita

O professor Rogério Zaim de Melo, idealizador do projeto, ressaltou a importância da iniciativa: “Nosso projeto ganhou um novo significado dessa vez, pois além levarmos o circo, uma arte marginalizada para uma população que é esquecida, pudemos conversar com as crianças sobre a necessidade de cuidar do Pantanal. Ao mesmo tempo, tanto eu, quanto os acadêmicos, voltamos impactados pela beleza da Serra do Amolar, um dos cenários mais lindos do Brasil, e militaremos em prol da preservação”.

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Idealizador do projeto Professor Rogério Zaim Melo

Ao dirigir-se para as escolas, o grupo não encontrou nenhum incêndio, embora o cheiro de fumaça e o cenário apocalíptico fossem marcantes. No entanto, no caminho de volta, a equipe passou ao lado de um incêndio, onde chamas crepitantes e uma densa fumaça dominavam a paisagem.

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Incêndio fez parte da paisagem no trajeto feito pela trupe até a região da Serra do Amolar

Para as crianças da Barra do Rio São Lourenço, a visita do circo foi um momento mágico e inesquecível. A maioria nunca havia assistido a um espetáculo circense antes, e a alegria era contagiante. A iniciativa também serviu para conscientizar as crianças sobre a importância da preservação ambiental, em um momento crucial para o Pantanal, que enfrenta uma das maiores crises de incêndios em sua história.

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