Esquema de fraudes em licitações teria dado “rombo” de R$ 12 milhões em Corumbá

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  • Post publicado:3 de julho de 2024
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Investigações revelam que o esquema fraudulento denunciado pela Polícia Federal, na secretaria municipal de infraestrutura de Corumbá, teria dado cerca de R$ 12 milhões de prejuízos aos cofres públicos em contratos fraudados entre os anos de 2022 e 2024.

As investigações, iniciadas em 2021, apontam que o secretário municipal criou uma empresa que, mesmo sem capacidade técnica e financeira comprovadas, venceu diversas licitações da pasta que ele comandava. Segundo a PF, indícios sugerem que irregularidades nas licitações permitiram à empresa participar e vencer os certames.

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Polícia Federal em diligências na Prefeitura de Corumbá / Fotos: Weber Reis

O alerta foi dado pela Controladoria Geral da União após averiguar as irregularidades em pelo menos duas obras públicas para uma empresa vinculada ao agente público municipal. A PF aprofundou a investigação, confirmando os apontamentos realizados pela CGU e identificando necessidade de fase ostensiva.

Ainda segundo apurações, dos R$ 12 milhões de reais que teriam sido direcionados à empresa, metade seriam de recursos efetivados por repasse federal.

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Impacto social

Segundo dados do IBGE, Corumbá possui uma população de cerca de 96 mil habitantes e 37% deles têm rendimento mensal per capita de até 1/2 salário-mínimo, portanto, com dependência relevante das políticas sociais. Desse modo, a má utilização dos recursos destinados ao financiamento de obras na área de esportes impacta negativamente o atendimento da parcela mais vulnerável de pessoas do município.

Operação João Romão

Batizada de “João Romão”, a operação teve como objetivo desmantelar o esquema fraudulento e buscar provas dos crimes. Na ação, 52 policiais federais cumpriram 14 mandados de busca e apreensão nas cidades de Corumbá e Campo Grande, todos expedidos pela Justiça Federal. Os alvos da operação foram o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, servidores públicos envolvidos nas obras e representantes da empresa suspeita.

João Romão é um personagem da obra O Cortiço, de Aloísio Azevedo, um comerciante avarento, ávido por dinheiro que ganhava às custas do pessoal pobre para quem ele alugava os cortiços.

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