O Pantanal de Mato Grosso do Sul enfrenta um panorama alarmante: 56 dias sem chuvas e incêndios de grande escala consomem áreas extensas do bioma logo no início da estação seca. Nesta terça-feira (25), o Corpo de Bombeiros informou que equipes combatem as chamas em seis diferentes pontos: Porto Esperança, Buraco das Piranhas, Curva do Leque, e Porto da Manga, Porto Murtinho e no Pantanal do Nabileque.
A principal preocupação reside na extrema escassez de precipitações. Segundo o meteorologista Vinícius Sperling do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e Clima de Mato Grosso do Sul), a chance de chuvas significativas antes de 1º de julho é praticamente nula.
“O que tem dominado o Pantanal é o tempo seco”, afirma Sperling. Essa condição, aliada aos ventos de cerca de 50 km/h, facilita a propagação do fogo pela vegetação, inclusive em áreas alagadas.
O Corpo de Bombeiros trabalha incansavelmente para conter os incêndios, mas a falta de chuvas e as condições climáticas adversas dificultam o combate às chamas.
Frentes frias trazem esperança limitada
O Cemtec prevê a chegada de duas frentes frias em Mato Grosso do Sul. Uma mais fraca será sentida nesta quarta-feira (26) e quinta-feira (27), enquanto outra mais intensa chega no fim de semana, com temperaturas mínimas caindo para até 6°C nos municípios da região sul, conforme o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia).
Chuvas Limitadas
O frio pode trazer chuvas em algumas regiões, mas em volume limitado, nas regiões sudeste, sul e sudoeste do Estado.
“Essa situação meteorológica ocorre devido à passagem da frente fria, aliada ao transporte de calor e umidade e atuação de uma área de baixa pressão atmosférica”, explica o Cemtec em boletim divulgado ontem (24).