Pantaneiros elogiam ação coordenada contra o fogo e destacam bombeiros: ‘sem eles, seria derrota na certa’

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  • Post publicado:24 de junho de 2024
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A ação coordenada do Governo de Mato Grosso do Sul por ar, terra e rio para combater os incêndios florestais no Pantanal tem uso de tecnologia, trabalho integrado e muita dedicação. Este esforço, em especial a dos bombeiros que lidam diretamente com o fogo em larga extensão, é reconhecido com agradecimentos e elogios dos pantaneiros. Por esta razão, eles fazem questão de apoiar e cooperar no que for possível com os combatentes.

“Sem os bombeiros aqui seria derrota na certa. O trabalho deles é essencial e fundamental. Teríamos grandes problemas se não viessem nos ajudar. Esta equipe, por exemplo, está aqui pela terceira vez”, afirma o produtor rural Jair Serra. Ele é nascido e crescido na região do Paiaguás, onde ocorrem incêndios florestais há três semanas.

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Reconhecendo o esforço da equipe de campo, o pantaneiro faz sua parte cedendo dois tratores para ajudar no trabalho e dando todo o apoio necessário aos profissionais.

“Eles sempre vêm nos atender, mandei fotos e videos pelo celular, ontem e hoje, e estão aqui desde cedo combatendo os focos. A região é de difícil acesso e só trabalha quem conhece. Minha família está aqui desde 1943, e só tenho que agradecer aos bombeiros, que não medem esforços”.

Antônio Donizete de Matos, pantaneiro da região, destacou que sempre quando vê a chegada dos bombeiros fica mais tranquilo.

“Os bombeiros são uns anjos que ficam cuidando do Pantanal, da cidade. Onde tem bombeiros ficamos mais tranquilos, porque temos a proteção deles”.

Matos também ajudou no trabalho das equipes e disse que na área mais difícil os bombeiros conseguiram combater o fogo. “Quando vem o fogo, vem aquele desespero, principalmente quando venta e joga para mais longe. Vim fazer o que podia para ajudar. O Pantanal tem estas dificuldades, mas quem mora aqui não abandona, porque é nossa vida”.

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Tecnologia e coordenação

O trabalho do Governo de Mato Grosso do Sul tem uma ação coordenada no Pantanal, com uso de tecnologia para identificar os focos de incêndio e tornar o combate mais rápido e eficiente. Se o Corpo de Bombeiros está na linha de frente, existe um aparato de retaguarda.

Todas as ações são coordenadas pela SCI (Sistema de Comando de Incidentes), que organiza e passa as orientações para atuação no campo e pelas aeronaves. Além de imagens de satélite, drones são usados para identificar os focos de incêndios.

Combate terrestre Pantanal Foto Bruno Rezende 13

Em atuação neste domingo (23) na região dos Paiaguás e Maracangalha, o tenente do Corpo de Bombeiros, Vinícius Castro, destacou os trabalhos integrados. “Esta coordenação das equipes de solo e com aeronaves é muito importante, pois muitas vezes o piloto não consegue definir onde deve atuar ou fazer o alijamento da água”, explica.

Castro também destacou que o trabalho conjunto facilita para voltar a lugares que precisam fazer o rescaldo e o combate do fogo novamente. Ele conta que neste domingo a equipe saiu logo cedo do quartel, às 6h, atravessou o rio de balsa e seguiu o deslocamento até a região de Maracangalha. “Fomos atrás de possíveis focos que continuam devido ao calor e vento. Quando encontramos, já passamos as coordenadas para as aeronaves”.

O soldado Silvio Andrade Xavier de Brito é um dos que trabalham em solo contra as chamas e explica a ajuda dos drones na atuação de combate. “O maior objetivo deles é identificar os focos e assim nos ajudar para uma atuação mais rápida e eficiente”.

Várias frentes

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O Corpo de Bombeiros divulgou boletim apontando as várias frentes de trabalho no Pantanal neste final de semana. Equipes estão na região do Abobral, próximo a Estrada Parque, onde permanece há uma semana o trabalho para conter chamas.

Já em Porto Murtinho continuam os combates nas margens do rio Paraguai. O esforço é conjunto com fazendeiros da região. Em Corumbá, onde se concentram a maioria das chamas, seguem os combates e também o trabalho de monitoramento e prevenção. Equipes estão na região do Forte Coimbra e próximos às BR 262, na ponte que atravessa o rio Paraguai.

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No sábado (22) foram utilizados duas aeronaves Air Tractor e dois helicópteros, além de caminhões de combate a incêndio e dezenas de camionetes equipadas com kit pick-up, mochilas costais, sopradores e equipamentos de proteção individual.

Fora do Pantanal, o Corpo de Bombeiros segue monitorando outras regiões, como é o caso do Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema. Lá, foi detectado um foco na ilha que fica entre o rio Paraná e o rio Ivinhema. A ação no local já está sendo feita.

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