Com quase o dobro da área queimada em 2020, o Pantanal enfrenta um novo pesadelo. Mais de 486 mil hectares foram consumidos pelas chamas até o dia 16 de junho, um aumento alarmante de 96,6% em relação ao mesmo período do ano passado.
O Secretário Extraordinário de Controle de Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente (MMA), André Lima, alerta que a maioria dos incêndios é criminosa, causada por ignição de fogo intencional.
Em uma reunião no Centro Integrado de Comando e Controle Estadual, autoridades se uniram para combater os incêndios e prevenir novas queimadas. Lima enfatizou a importância da conscientização da população, pedindo que evitem acender fogo em qualquer situação.
O governo federal busca soluções para o combate às chamas. Recursos do Ministério da Defesa estão sendo direcionados para a região, mas o órgão também enfrenta outros desafios, como enchentes no Rio Grande do Sul e combate ao garimpo ilegal na Amazônia.
As autoridades estão investigando os responsáveis pelos incêndios criminosos. O secretário-executivo da Semadesc, Artur Falcette, afirma que a responsabilização é uma prioridade e o Estado atuará com rigor contra os causadores dos incêndios.
Devastação
Dados do Laboratório de Aplicação de Satélites Ambientais (Lasa) revelam a devastação: 486.425 hectares do Pantanal já foram consumidos pelo fogo até 16 de junho. Em 2020, o ano com a pior queimada da história do bioma, o número no mesmo período era de 247.400 hectares.
O futuro do Pantanal depende de ações imediatas. É necessário um esforço conjunto do governo, das autoridades e da população para combater os incêndios criminosos e proteger este bioma único. A conscientização é fundamental para evitar novas queimadas e garantir a preservação do Pantanal para as futuras gerações.