Estudo aponta Corumbá como cidade que mais teve território queimado nos últimos 38 anos

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Foto: Valdenir Rezende / Correio do Estado
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  • Post publicado:18 de junho de 2024

Corumbá, no Pantanal, é um dos três municípios que mais sofreram com os incêndios no período, ao lado de São Félix do Xingu (PA), na Amazônia, e Formosa do Rio Preto (BA), no Cerrado. O Pantanal, inclusive, foi o bioma que mais queimou proporcionalmente à sua área, com 59,2% do bioma devastado, representando 9 milhões de hectares.

Um quarto do território brasileiro já foi queimado por incêndios, revela um estudo divulgado nesta terça-feira (18) pelo MapBiomas Fogo. Entre 1985 e 2023, 199,1 milhões de hectares – o equivalente a 23% da área do país – foram consumidos pelas chamas.

Fogo no Pantanal de Corumbá
Fogo já consumiu mais de 300 mil hectares no Pantanal de Mato Grosso do Sul

Mato Grosso, vizinho de Mato Grosso do Sul, concentra quase metade da área queimada no Brasil, com 46%, segundo o estudo. O levantamento, feito por uma rede que reúne universidades, ONGs e empresas de tecnologia, também aponta que 68,4% da área atingida por incêndios era de vegetação nativa, enquanto 31,6% apresentavam indícios de atividade humana, como a agropecuária.

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Cerrado e Amazônia são os biomas mais afetados, concentrando 86% da área queimada pelo menos uma vez. No Cerrado, 44% da área, ou 88,5 milhões de hectares, foi queimada, o que representa quase metade da extensão do bioma. Já na Amazônia, 82,7 milhões de hectares – 19,6% do bioma – foram consumidos pelas chamas.

O estudo revela ainda que 65% da área afetada pelo fogo entre 1985 e 2023 foi queimada mais de uma vez. Isso significa que, a cada ano, em média 18,3 milhões de hectares – área equivalente ao estado de Sergipe – são devastados por incêndios no Brasil.

Em Mato Grosso do Sul, o fogo já consumiu 338.675 hectares do Pantanal este ano, segundo o Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de MS). A área equivale a 313,5 mil campos de futebol. Somente na Serra do Amolar, 114.97 mil hectares foram queimados entre 1º de janeiro e 16 de junho. Em comparação com 2023, quando 17.050 hectares foram queimados no mesmo período, o aumento é de 1.886%.