Campo Grande quer vacinar cerca de 62 mil crianças de um a quatro anos contra a poliomielite a partir dessa segunda-feira, 27 de maio, quando começa a campanha nacional de vacinação.
Para a superintendente de vigilância em saúde, Veruska Lahdo, “a estratégia de vacinação é fundamental para a redução do risco de reintrodução dessa doença no Brasil, uma vez que ela se encontra eliminada”, comenta.
O último caso de poliomielite no Brasil aconteceu em 1989, e o país recebeu a certificação de área livre de circulação do vírus em 1994, não há mais registro da doença nas Américas, mas alguns países do oriente médio ainda tem casos de contaminação.
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Veruska Lahdo faz outro lembra que no ano passado o Brasil foi classificado com alto risco de reintrodução do vírus da pólio, e alerta “Enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a doença, considerando que em alguns países ainda há circulação da poliomielite”.
Em 2023, Campo Grande ficou abaixo da meta de vacinação do ministério da saúde com 85,72% do público-alvo imunizado, a meta do ministério da saúde era o de atingir o índice de 95%. Em Mato grosso do Sul, 88,19%, ou 245 mil crianças, receberam as duas gotinhas da vacina da pólio, nenhum estado do país conseguiu atingir o índice, e a campanha terminou com 84,63% de vacinados no Brasil.
Esse ano, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite será realizada entre 27 de maio e 14 de junho, e no dia 8 de junho acontece o dia “D “de mobilização nacional.
Paralisia Infantil
A poliomielite também conhecida como paralisia infantil é uma doença contagiosa causada por um vírus que vive no intestino e que pode infectar adultos e crianças, a transmissão se dá pelo contato direto com as fezes ou secreções eliminadas pelo corpo. A doença causa paralisia, e nos casos mais graves atinge os membros inferiores como paralisia de uma das pernas, pé torto, dores nas articulações e atinge também outros músculos que podem prejudicar a fala e a deglutição.
Sintomas
Febre, mal-estar, dor de cabeça e de garganta, diarreia, vômitos e rigidez na nunca são os sintomas mais comuns da infecção pela poliomielite. Não existe tratamento contra a doença, o que os médicos fazem, em caso de internação, é tratar os sintomas de acordo com o que apresenta o paciente.
Vacina
Além de manter hábitos saudáveis de saúde, a vacina é a maior aliada na hora de prevenir a pólio, “são 74 unidades de saúde distribuídas na capital, 45 delas com estratégia de horário estendido. Além disso, a Secretaria Municipal também vem oportunizando a vacinação em outros pontos facilitando assim o acesso para toda a população”, recomenda Veruska.