Em resposta às fortes chuvas que assolam o Rio Grande do Sul desde o último domingo (28), a Marinha do Brasil prepara uma operação de auxílio em larga escala, mobilizando o maior navio de guerra da América Latina e um efetivo significativo de militares e equipamentos. A ação, que tem início nesta terça-feira (7), visa auxiliar no resgate de pessoas ilhadas, no transporte de suprimentos para áreas alagadas e na desobstrução de vias afetadas pelo temporal.
Partindo do Rio de Janeiro com destino ao Rio Grande do Sul, o Navio Capitânia da Esquadra brasileira estará acompanhado de oito embarcações de médio e pequeno porte, além de duas estações móveis para tratamento de água. A mobilização da frota naval representa um reforço crucial para a logística de distribuição de mantimentos e para o atendimento às necessidades básicas da população atingida pelas inundações.
A Marinha do Brasil também anunciou o envio de 40 viaturas e 200 militares para atuarem na desobstrução de ruas e na desobstrução de áreas afetadas pelo temporal. Equipes de saúde compostas por médicos e enfermeiros também integrarão a força-tarefa, garantindo atendimento médico às vítimas das chuvas.
Aeronaves reforçam ações de resgate e avaliação da situação
Três aeronaves da Marinha do Brasil serão deslocadas para o Rio Grande do Sul nesta terça-feira (7). As aeronaves auxiliarão nas ações de resgate de pessoas em áreas de difícil acesso e na avaliação da situação geral das áreas atingidas pelas chuvas.
Até o momento, o governo do Rio Grande do Sul confirma a morte de 85 pessoas em decorrência das chuvas. Outras quatro mortes continuam em investigação para determinar se há relação com os eventos climáticos. O estado registra ainda 134 desaparecidos e 339 feridos.
O impacto das chuvas no estado é colossal, com 201,5 mil pessoas fora de casa, segundo o último boletim da Defesa Civil. Desse total, 47,6 mil estão em abrigos e 153,8 mil desalojados, ou seja, em casas de familiares ou amigos. Dos 497 municípios gaúchos, 385 relataram problemas relacionados ao temporal, com um total de 1,178 milhão de pessoas afetadas.