Justiça marca audiência para julgar prefeito de Corumbá por nepotismo

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  • Post publicado:25 de março de 2024
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Corumbá (MS)- O prefeito de Corumbá, Marcelo Aguilar Iunes (PSDB), terá audiência no dia 4 de junho para responder por acusações de nepotismo e improbidade administrativa. A ação, movida pelo Ministério Público Estadual (MPMS) em 2020, o acusa de nomear parentes para cargos públicos na administração municipal.

A juíza Luiza Vieira Sá de Figueiredo, da Vara de Fazenda Pública e de Registros Públicos, determinou a produção de provas testemunhais. As partes e testemunhas arroladas no processo devem comparecer à sala de audiências da Vara em Corumbá até 10 dias após a intimação.

Iunes nega as irregularidades e afirma que seu irmão, Eduardo Aguilar Iunes, não era funcionário comissionado, mas sim presidente da Junta Interventora do Hospital. Ele também argumenta que sua cunhada, Marcelle Andrade Teixeira, é funcionária efetiva e não se configura como parente consanguíneo ou por afinidade.

Em 2020, após as denúncias, o prefeito exonerou Eduardo Iunes da Junta Administrativa da Santa Casa de Corumbá e Eduardo Alencar Batista do cargo de Assessor-Executivo III. As exonerações atenderam a uma decisão liminar da juíza Luiza Vieira Sá de Figueiredo.

O MPMS pede a suspensão dos efeitos das nomeações, a condenação de Iunes por improbidade administrativa, o ressarcimento integral do dano, a perda de função pública, a perda de direitos políticos por até 5 anos e o pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor da remuneração dos servidores.

Além do prefeito, a ação também inclui Marcelle Teixeira, Eduardo Iunes, Eduardo Batista e o município de Corumbá.

iunes irmao
MPMS pede condenação de Iunes pela nomeação do irmão e cunhados em cargos de comissão

Entenda o caso:

Nomeações: Em 2020, o MPMS denunciou Iunes por nepotismo após a nomeação de parentes para cargos na administração municipal.

Parentes: Entre os nomeados estavam a cunhada Marcelle Teixeira (Gerência de Proteção Social Básica), o irmão Eduardo Iunes (Junta Administrativa da Santa Casa) e o concunhado Eduardo Batista (Assessor-Executivo III).

Exonerações: Após as denúncias, Iunes exonerou os parentes dos cargos.

Ação judicial: O MPMS pede a suspensão das nomeações, a condenação de Iunes por improbidade administrativa, o ressarcimento do dano, a perda de função pública, a perda de direitos políticos e o pagamento de multa.

Julgamento: A audiência de instrução e julgamento está marcada para o dia 4 de junho.

A Grande Família

No final de 2019, reportagem apresentada pelo Folha MS e outros meios de comunicação do estado, mostrou que somente quatro familiares de Marcelo Iunes, custavam aos cofres públicos mais de R$ 85 mil reais por mês.

O montante corresponde a mais de um milhão de reais anualmente, que sai diretamente dos cofres públicos para avolumar o saldo bancário dos familiares de Iunes.

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