Corumbá (MS)- Apontada como pior gestão financeira dos últimos 10 anos em Corumbá, pela Firjan, a administração do prefeito Marcelo Iunes, tenta, por meio de uma sessão extraordinária marcada para esta segunda-feira, 04 de março, convencer — em pleno ano eleitoral — os vereadores a liberarem um empréstimo de R$ 64 milhões de reais.
Inicialmente o valor era estimado em R$ 80 milhões, sem sequer apresentar os projetos para uso deste recurso. Após repercussão negativa do pedido, o valor foi revisto e segundo mensagem encaminhada para Câmara Municipal, agora é de R$ 64 milhões.
Verba federal será usada como garantia de empréstimo
Segundo o projeto de lei, o empréstimo seria feito por meio da Linha de Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (FINISA), com garantia da União ou do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os recursos seriam destinados à construção, reforma e ampliação de prédios públicos e à pavimentação, drenagem e requalificação de vias no município de Corumbá.
Má administração
A má gestão dos recursos públicos administrada pela gestão de Marcelo Iunes se evidencia e pode ser comprovada, diante das inúmeras reclamações da população. Apesar do município possuir a terceira maior arrecadação do estado, o pedido de mais um empréstimo, para, segundo o projeto, realização de obras básicas que deveriam ter sido executadas ao longo dos últimos sete anos, demonstra a falta de comprometimento e austeridade com o dinheiro público.
Enquanto insiste na manutenção de quase 600 cargos comissionados para abrigar apadrinhados políticos, ao custo de mais de R$ 3 milhões de reais mensalmente, trabalhadores da saúde e segurança pública, apresentaram na última semana, manifestação sobre um “calote” dado pela prefeitura quanto ao pagamento de horas extras, trabalhadas pelos servidores.
Fonplata e mais dívidas
No entanto, a vereadora Raquel Bryk e os vereadores Chicão Vianna e Nelsinho Dib, relataram à reportagem do Folha MS, que o município já possui um financiamento de R$ 40 milhões de dólares junto ao Fundo Financeiro para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), que teria a mesma finalidade do empréstimo solicitado pelo prefeito e que, sequer, foi concluído em sua totalidade além de apresentar obras com problemas de execução e que pouco, ou quase nada contribuíram de fato, para melhoria da qualidade de vida dos cidadãos.
Além do Fonplata, os vereadores relataram que o município, recentemente, teria contraído outro empréstimo referente a dívida com o Funprev.