Nesta quinta-feira (15), a empresa RR Ceni Terraplanagem, contratada pela Agesul, dá início aos reparos urgentes na ponte sobre o Rio Paraguai, na BR-262, localizada a aproximadamente 70 quilômetros de Corumbá. Os trabalhos serão realizados após a montagem de uma rampa emergencial sobre os trechos danificados da ponte.
Essa rampa, essencialmente uma “ponte sobre a ponte”, foi instalada para permitir que os veículos não tenham contato direto com a pista de concreto danificada durante os reparos. No entanto, será necessário interromper o tráfego durante o período de secagem do concreto utilizado para os reparos, o que pode durar algumas horas.
A ponte sobre o Rio Paraguai desempenha um papel vital na região, sendo a única via asfaltada de acesso às cidades de Corumbá e Ladário, onde residem cerca de 118 mil pessoas. Diariamente, uma média de 800 veículos, incluindo aproximadamente 350 caminhões com minério, utiliza essa rota.
A Agesul assegura que as interdições serão planejadas e realizadas durante a noite para minimizar os transtornos para os usuários da rodovia. Ainda não foram definidas as datas exatas das interdições, mas espera-se que sejam necessárias pelo menos cinco delas ao longo do processo de reparo.
A montagem da rampa foi feita em São Paulo devido à dificuldade de encontrar materiais adequados em Mato Grosso do Sul. Isso ocorreu porque as chapas de aço necessárias para suportar o peso das carretas com minério de ferro, que chegam a cerca de 70 toneladas, não estavam disponíveis na região.
Durante a secagem do novo concreto, será crucial interromper completamente o tráfego para evitar qualquer vibração que comprometa a qualidade dos reparos. Inicialmente, previa-se que o processo levaria de 24 a 72 horas, mas novas informações indicam que esse tempo foi reduzido para apenas 12 horas, minimizando assim o impacto no tráfego da região.
Além dos reparos na ponte, está sendo considerada a possibilidade de ativar uma balsa no mesmo local onde a travessia era feita antes da construção da ponte, há 23 anos. Isso ofereceria uma alternativa de transporte durante as interdições e o período de reparo, ajudando a manter a conectividade entre as cidades de Corumbá e Ladário.
Esses reparos emergenciais são necessários devido à deterioração gradual da ponte ao longo dos anos. Anteriormente, a manutenção da estrutura era de responsabilidade de uma empresa privada que cobrava pedágio dos usuários da rodovia. No entanto, após o término do contrato de concessão, a estrutura ficou desassistida, levando à necessidade de intervenção urgente para garantir a segurança dos motoristas e a integridade da via.
*Com informações Correio do Estado