Com o incêndio florestal na Serra do Amolar, no Pantanal, controlado e extinto após oito dias do início da atuação do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul, as equipes continuam no local para monitoramento e rescaldo.
Para o deslocamento das equipes, a operação contou com esforço extra e apoio aéreo e fluvial. O combate ao fogo também ocorreu com empenho da aeronave ‘air tractor’, que conseguiu lançar água em locais onde os bombeiros em solo não conseguiam acessar.
O tenente Alexandre Araújo, engenheiro ambiental do Corpo de Bombeiros, explicou que desde o dia 29 de janeiro, quando os militares foram acionados, a ação contou com o trabalho de 18 bombeiros. “Os primeiros deles chegaram ao local via embarcação, demoraram mais de cinco horas desde Corumbá até acessar os pontos do incêndio”.
Após o reconhecimento da área, os bombeiros confirmaram que o acesso aos pontos do incêndio seria possível apenas por meio aéreo.
“Só via aeronave de asa fixa (avião) e rotativa (helicóptero), para lançar água e colocar os militares nos locais estratégicos, uma vez que o terreno era alagado, solo de turfa (material orgânico em decomposição) e de difícil deslocamento terrestre”, disse o tenente Alexandre.
A área queimada ultrapassou 4 mil hectares e o controle das chamas foi possível devido à atuação coordenada por terra e ar.
“Nosso estado tem essa particularidade dos incêndios florestais. Nos últimos anos a gente tem acompanhando severas temporadas e o investimento do Governo do Estado tem sido maciço nesta área. Recentemente nós adquirimos duas aeronaves de combate a incêndio que são os nossos ‘air tractors’, de suma importância. A gente posiciona nossas guarnições no solo, onde é realizado o combate, e o avião faz o lançamento de água, o que facilita e efetiva muito a ação”, explicou a tenente-coronel Tatiane Inoue, diretora de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, que realiza o monitoramento dos incêndios florestais no Estado.
O IHP (Instituto Homem Pantaneiro) informou que brigadistas da Brigada Alto Pantanal, também continuam na área, mesmo após o trabalho no solo – iniciado no dia 27 de janeiro – e por ar – iniciado pelo Corpo de Bombeiros na quinta-feira (1°) – a redução e extinção dos focos desde domingo (4).
Para contribuir no processo de recuperação da área, o Recanto Ecológico Rio da Prata, em Jardim (MS), doou 580 mudas de plantas frutíferas – amora, mamão, pinha, laranja caipira, araçá e tamarindo -, que serão plantadas na região da Serra do Amolar.